Milhares de pessoas lotaram as ruas de Lisboa na luta contra o aumento do custo de vida. Exigir ao Governo que limite os preços dos bens essenciais e aumentos salariais.
Milhares de pessoas lotaram a Rua de São Bento, em Lisboa, este sábado, fizeram eco da reivindicação por “uma vida justa” e reuniram-se na Assembleia da República, onde exigiram “fazer parte da decisão” e “políticas concretas” para responder à crise.
Exigir ao Governo que limite os preços dos bens essenciais e aumentos salariais.
“Oh, Costa, ouve, queremos uma vida justa”, gritaram os milhares de participantes no protesto, dirigindo esta mensagem ao primeiro-ministro, António Costa (PS), sublinhando que “a luta continua”, “a luta é coletiva ” e “a voz do povo é a voz suprema”.
Promovida pelo movimento cívico Vida Justa, a manifestação teve início pelas 15h00 no largo Marquês de Pombal, onde se reuniram centenas de pessoas. :00 ao parlamento com “cerca de 10.000 pessoas”, segundo dados da organização.
“Todos e todas, por uma vida justa” foi a frase que guiou o percurso da manifestação, que contou com a presença de pessoas de todas as idades, incluindo famílias, provenientes de várias zonas da Grande Lisboa, e que contou com a presença de deputados do BE, PCP e Livre na Assembleia da República.
Entre os vários cartazes erguidos no protesto, um era segurado por uma idosa em cadeira de rodas: “Fui obrigada a sair na rua e gritar”. O direito à moradia foi um dos principais problemas apontados ao longo do protesto: “A casa é cara, queremos uma vida justa”.
Os manifestantes estiveram em frente à Assembleia da República até cerca das 18h00, mas tiveram de sair após essa hora para dar lugar ao protesto dos professores e trabalhadores não docentes, organizado pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop) , que teve início às 14h00 junto ao Palácio da Justiça.
O manifesto do movimento cívico Vida Justa, que está em fase de recolha de assinaturas, adverte que “todos os dias os preços sobem, as despejos de casas aumentam e os salários são dados para menos dias do mês”.
“As pessoas estão a escolher entre aquecer as suas casas ou comer”, lê-se no documento, no qual os subscritores exigem um programa de crise que “defenda quem trabalha”, que sejam regulados os preços da energia e dos produtos alimentares essenciais, juros dos empréstimos bancários congelados, despejos proibidos, além de reajustes salariais acima da inflação e medidas de apoio ao comércio e pequenos negócios.