A CP – Comboios de Portugal apresentou queixa à PSP de Artur Bordalo, conhecido por Bordalo II, por alegadamente ter grafitado um comboio na estação de Campolide, em Lisboa, noticia esta sexta-feira o Jornal de Notícias (JN).
De acordo com o mesmo jornal, o grafiti terá sido feito no dia 18 de agosto por volta da 20h00. A CP garante que o momento foi filmado e entregou as provas na Divisão de Investigação Criminal (DIC) da PSP de Lisboa. As autoridades estão igualmente a investigar como é que alegadamente Bordalo II e um seu amigo conseguiram entrar no local onde estava o comboio, que estava vedado ao público.
Contudo, em resposta ao JN, a project manager de Bordalo II nega que o artista plástico tenha estado por detrás do grafiti. “O Artur continuava de férias e, embora em Portugal, estava fora de Lisboa”, indicou a responsável, que se recusou a dizer ao diário em que ponto do país estava o artista plástico no dia 18 de agosto.
Ao Observador, a Comboios de Portugal esclarece, em nota, que, “independentemente do autor”, se trata de um “ato de vandalismo puro”, cujo impacto é “vasto” e “prejudica não apenas a CP, mas também a população que utiliza diariamente” os serviços. A CP não confirmou, nessa nota, a autoria do grafiti.
“Entre janeiro e julho de 2023, efetuámos 807 remoções de grafitis, o que corresponde à limpeza de uma área total de 29.933m²”, indica a empresa, que refere que os custos associados a estas ações “têm vindo a crescer anualmente”. “Em 2021, gastámos mais de 275 mil euros apenas em produtos de remoção e mão de obra. Em 2022, o montante ascendeu a 338 mil euros e, em 2023, só até julho, já ultrapassámos os 225 mil euros.”
A CP ressalta igualmente que, em 2023, já removeu “mais grafitis do que em todo o ano de 2022”. “Estes atos de vandalismo representam um custo significativo para o erário público, prejudicando a capacidade da CP de oferecer o melhor serviço possível aos nossos passageiros.”
Para além do alegado caso do comboio grafitado, Bordalo II esteve recenetemente envolvido na polémica da “passadeira da vergonha” uma semana antes da realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O artista plástico entrou sem autorização no recinto do altar-palco, mas não foi travado por ninguém, o que causou apreensão sobre a segurança do evento.
“Habemus Pasta”. Artista Bordalo II estende “passadeira da vergonha” no palco principal da JMJ