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Fotografias com ex-militantes, críticas e reuniões “secretas” convocadas por WhatsApp. Como o PS suspendeu um militante e autarca do partido – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Set 25, 2023

A história vem de Barcelos, onde Armindo Vilas Boas é o atual presidente da Junta de Freguesia de Carapeços (eleito pelo PS em 2021), membro da Assembleia Municipal e também um militante que o partido suspendeu, por seis meses, após decisão final da Comissão Nacional Jurisdição (CNJ). Chegou a concorrer à liderança da concelhia do partido em Barcelos, em 2022, mas retirou-se, com a lista opositora a acusá-lo de “delito de opinião”. Foi suspenso de militante pela Comissão Federativa de Jurisdição e recorreu para a Nacional que a manteve. Nos seus fundamentos, o órgão que funciona como tribunal do partido justifica-se com a existência de artigos de opinião críticos, a convocatória de reuniões “secretas” e também “fotografias do arguido com ex-militantes do partido, entretanto expulsos”.

O relatório da CNJ a que o Observador teve acesso tem data de abril deste ano e negou provimento ao recurso de Armindo Vilas Boas, mantendo “integralmente a decisão final da Comissão federativa de Jurisdição de Braga, que aplicou a pena de seis meses de suspensão” — era amigo do ex-presidente da Câmara de Barcelos, Miguel Costa Gomes, que foi agora expulso e que esteve em prisão domiciliária no âmbito da operação Teia. Os atos praticados pelo militante e presidente de Junta eleito pelo PS são classificados de “graves” e causadores de “sérios prejuízos ao PS, que no âmbito local, regional e nacional”. E em atenuantes, já que, pelos cargos que exerceu e exerce, tem “maior responsabilidade na prossecução dos objetivos do Partido”.

Nos autos do processo, a Jurisdição Nacional usa como argumentação para a sua decisão (entre outros) vários artigos de opinião publicados por Vilas Boas na imprensa local com críticas ao PS (algumas “sub reptícias”) a existência de “fotografias do arguido, com ex-militantes do partido, entretanto expulsos” e também uma mensagem (que surge transcrita no relatório) “enviada pelo arguido por WhatsApp, a convidar para reuniões ‘”fechadas’”, durante a campanha para as legislativas de 2022, em dias de “iniciativas políticas em Barcelos” que envolviam o secretário-geral do PS — mas afinal foram no dia em que o líder António Costa estava num distrito adjacente (Porto) ao final do dia para fechar a campanha.

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