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a casa onde os sonhos e os amigos não ocupam lugar – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Set 29, 2023

“Eu vou falar por mim”, começa Carla, continuando: “Eu sou uma pessoa que tem uma arquitetura de vida complicada. E os planos eu faço com o que vai acontecendo à minha volta. Por isso, para mim, foi um feliz acaso. Eu venho de um subúrbio de Lisboa e o campo era uma coisa que me criava um bocado de tédio, na verdade. Mas depois com a pressão do trabalho, isto tornou-se uma das melhores coisas que aconteceu. Mas foi mesmo um acaso. Nenhum de nós, durante 10 anos, disse: o que eu quero mesmo é uma casa de campo. Aqui, eu encontro um esvaziamento. Isso para mim, neste momento, é super importante. Esta solicitação constante que a cidade te provoca, tanto no telefone como nas 150 mil atividades que tens que estar sempre a fazer, eu aqui tenho os estímulos suficientes para estar quieta”.

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Já para Flávio, se há coisa que a casa trouxe foi espaço, mas não só. “O que eu acho é, sendo muito prático, aqui encontramos espaço que em Lisboa, na casa anterior, não tínhamos. Portanto, a decisão desta casa acontecer foi pelo espaço, e nós aqui temos. Há também uma coisa que a vida na aldeia tem que eu, em Lisboa, ainda não consegui encontrar. Nós aqui estamos limitados ao espaço que é nosso, mas depois a aldeia também é nossa. Os miúdos não conhecem essa fronteira, não há propriamente o muro. Em Lisboa, depois de bateres a porta estás na rua. Aqui perde-se essa noção de fronteira. A Emília facilmente atravessa a estrada e vai esperar o pão, o António, desde pequeno, cruzava a estrada para ir para o jardim infantil e é isso. Aqui o espaço é maior e transcende a própria casa. Por outro lado, aqui estás muito mais ligado às coisas à tua volta”.



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