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Réplicas, polémicas, uma peça do Louvre e os camafeus de Josefina. 20 tiaras de noivas reais – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Out 1, 2023


Manda a tradição que as noivas reais usem uma tiara no dia do seu casamento? Não será obrigatório, porque no Mónaco, por exemplo, não temos visto estas joias e as noivas Grimaldi não perdem carisma por isso. Mas verdade seja escrita, cada vez que a realeza se junta para uma grande boda familiar a tiara da noiva assume um capítulo importante da história do dia, a par do vestido e das restantes joias, claro. Numa altura em que se aproxima o casamento de dona Maria Francisca, duquesa de Coimbra, revisitamos as histórias de 20 tiaras usadas por noivas reais.

Do recheado guarda-joias da Rainha Isabel II saíram, ao longo de anos, belas tiaras com décadas de herança para quase todas noivas da família real. Mas as outras casas reais guardam, igualmente, nos seus cofres peças que escondem muitos segredos entre as pedras engastadas. Os designs em metais e pedras preciosas permitem a estas peças durar no tempo e serem passadas de geração em geração, atravessar fronteiras e regimes políticos, acumulando capítulos às suas histórias. Há peças que pareciam perdidas e, de alguma forma, encontraram o seu caminho para casa. Umas que começaram tradições e outras que ainda estão a começar a sua história. E até uma que repousa agora numa vitrine do Louvre. Estas tiaras até podem ser um luxo, ter uma boa dose de capricho e vaidade, mas conhecer as suas histórias é revisitar os acontecimentos que moldaram os últimos séculos e conhecer personagens únicas.

Reza a lenda que quando a Rainha Isabel II abriu o seu cofre de joias, para que Kate Middleton escolhesse uma tiara para usar no dia do casamento com o príncipe William, a jovem procurou uma joia tradicional, mas modesta. E então a 29 de abril de 2011 uma nova estrela juntou-se à família real e a tiara Halo ficou famosa 75 anos depois da sua criação. A tiara é uma peça da Cartier, chama-se Halo porque cria a ideia de um halo de luz sobre a cabeça e para todo este brilho são precisos 739 diamantes em corte brilhante mais 149 em corte baguete.

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Esta joia data de 1936 e vai já na sua quarta geração na família real. O pai da Rainha Isabel II encomendou a tiara à joalheira francesa em 1936 para a oferecer à mulher, a princesa Isabel, que a usou uma única vez antes de, três semanas depois, se tornarem os novos reis, Jorge VI e a rainha consorte Isabel. A primogénita do casal, a Rainha Isabel II, recebeu-a como presente de aniversário pelos seus 18 anos, em 1944, embora nunca tenha sido vista em público com ela. Mas outros membros da família trataram de lhe dar uso ao longo dos anos, fazendo com que não perdesse o brilho, como a rainha mãe, a princesa Margarida e a princesa Ana.

Kate e o príncipe William no dia do seu casamento, a 29 de abril de 2011

Quando Meghan Markle se casou com o príncipe Harry a tradição voltou a ser cumprida. Isabel II abriu os cofres, fez uma pré-seleção de tiaras que lhe pareceram apropriadas e deixou a noiva real escolher uma para usar no dia do casamento. A 19 de maio de 2018 Meghan entrou na Capela de St. George no Castelo de Windsor com um vestido Givenchy criado pela designer britânica Claire Waight Keller, que surpreendeu pela sua simplicidade, e um véu que carregava toda a herança da família a que se juntava através dos bordados com as várias flores a representar diferentes países da Commonwealth, a segurá-lo estava a tiara bandeau da Rainha Mary.

A joia é feita em platina e consiste numa banda flexível composta por onze secções. Os diamantes formam um padrão geométrico e ao centro está uma pregadeira removível formada por 10 diamantes. A tiara foi criada para a rainha Mary, avó da Rainha Isabel II, em 1932 e com o objetivo de ser uma espécie de moldura para a pregadeira, que tinha sido um presente de casamento em 1893. Estas joias passaram para a neta quando a avó morreu, em 1953.

O caso da tiara de Meghan. Memórias de Harry abrem novo capítulo sobre a polémica joia

A tiara de Meghan foi uma surpresa, porque a última pessoa a usá-la em público terá sido mesmo a própria rainha Mary, contudo a joia foi muito apreciada por quem acompanhou o casamento real. Só meses mais tarde começaria a desenrolar-se um enredo com vários capítulos, cada um para uma versão da escolha da tiara. A história envolve a princesa Eugenie, a responsável do guarda-roupa da Rainha e deu muito que falar. Nós contamos tudo aqui.

A princesa Eugenie casou com Jack Brooksbank também em 2018, mas uns meses mais tarde, em outubro e no mesmo local que os duques de Sussex, Harry e Meghan. A filha mais nova do príncipe André e de Sarah Ferguson também usou uma tiara emprestada pela avó, a Rainha, e escolheu a tiara Greville Emerald Kokoshnik. A joia conta com sete esmeraldas e tem design em estilo kokoshnik, um formato de acessório de cabeça popularizado pela corte imperial russa que acabaria por se popularizar nas cortes europeias. A joia foi criada pela casa joalheira Boucheron em 1919 para a Dama Margaret Greville, uma senhora da alta sociedade britânica que depois a deu à rainha mãe em 1942. Quando a mãe morreu, Isabel II herdou a peça. Esta tiara foi uma agradável surpresa vinda do cofre de Isabel II, porque nunca tinha sido usada por membros da família real em público.



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