• Dom. Set 22nd, 2024

As portas do inferno – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Out 2, 2023

Na introdução a Ideologias Políticas Contemporâneas, João Cardoso Rosas recorda como o pluralismo, primeiro religioso e depois político, se tornou um elemento central da época moderna:

“O constitucionalismo moderno, ao garantir as liberdades individuais, desde logo a liberdade de consciência e de religião, e ao escrevê-las numa lei fundamental, estabelece esse regime de tolerância e torna possível a convivência entre perspetivas religiosas diferentes ao longo do tempo. Mas a instituição desses regimes livres não podia deixar também de gerar o surgimento de perspetivas diferentes sobre o próprio Estado, a lei e a governação, ou seja, de diferentes ideologias políticas.”

Este aspeto foi especialmente explorado por Publius (pseudónimo utilizado por James Madison, Alexander Hamilton e John Jay) nos Federalist Papers: um quadro de liberdade conduz ao pluralismo e esse pluralismo tende a gerar confronto entre os diferentes projetos políticos (entre fações, para usar a expressão de Madison). Foi, aliás, o que aconteceu nas sociedades gregas e romana da Antiguidade, que eram continuamente agitadas “com a rápida sucessão de revoluções em consequência das quais eram mantidas num estado de perpétua vibração entre os extremos da tirania e da anarquia” (Hamilton, n.º 9).

Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.



Source link

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *