(em atualização)
Reduzir o mestrado a um ano e à defesa de um relatório para os professores que já lecionam há quatro anos sem formação específica (e assim permitir que passem a ser docentes profissionalizados) é uma das ideias do Governo para combater a falta de professores. Outra passa por atribuir ordenado a professores estagiários. As duas medidas fazem parte do diploma que o Governo vai discutir com os sindicatos do sector.
Assim, o Ministério da Educação vai alterar os requisitos exigidos a quem se candidata a um mestrado de ensino, ou seja, aos potenciais futuros professores. Reconhecendo que os docentes com habilitação própria (que estudaram a componente científica, mas não a didática) estão cada vez em maior número nas escolas, a proposta de diploma facilita a sua equiparação aos professores profissionalizados.
Só neste ano letivo, entraram nas escolas 1.268 professores com habilitação própria, considerados pelos diretores como menos qualificados. O ano passado terão sido cerca de mil, segundo fonte do ministério.
Para estes casos, o Governo quer que o mestrado de ensino seja encurtado em um ano — o total são quatro semestres, ou seja, dois anos letivos — já que poderão saltar os dois semestres de estágio obrigatório. Em alternativa, podem apresentar a defesa pública de um relatório sobre o tempo que passaram a dar aulas. No entanto, esta possibilidade só está aberta a quem tenha dado um mínimo de quatro anos de aulas.
As mudanças ao Decreto-lei 79/2014 começaram a ser discutidas com os sindicatos de professores nesta segunda-feira, às 11h00, com a FNE, a segunda maior confederação de sindicatos de professores. Segue-se a Fenprof, a maior confederação do setor, às 14h30. Estão previstas ainda outras duas reuniões com as restantes estruturas dos professores, onde se inclui o Stop.