O grupo islâmico Hamas lançou, na madrugada deste sábado, o que diz ser a “operação tempestade Al-Aqsa”. O braço armado do Hamas entrou em território israelita na fronteira com a Faixa de Gaza, envolveu-se em confrontos com as autoridades israelitas e lançou milhares de rockets. Em reação, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convocou uma reunião de emergência. Mais tarde, o chefe do executivo do país declarou que o país estava “em guerra”, Israel retaliou e atacou a Faixa de Gaza.
Até ao momento, pelo menos 100 israelitas e 198 palestinianos morreram na sequência da operação militar com os números a poderem subir nas próximas horas. Estes são outros dos desenvolvimentos da situação em Israel, que decretou o estado de emergência, e na Palestina:
- As forças armadas de Israel estão a travar combates com os militantes do Hamas em várias comunidades no sul de Israel, onde os membros do grupo armado se infiltraram provocando dezenas de mortos e feridos.
- O líder do Hamas fala num “dia de grande revolução”. Mohammad Deif exortou também os árabes israelitas a pegarem em armas, além de incentivar os árabes que vivem junto às fronteiras de Israel a juntarem-se ao ataque.
- O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, voltou a falar à nação no sábado à tarde, após ter declarado que o país estava em “guerra”, e estipulou quatro pontos prioritários, um deles um recado a outros países: “Que ninguém cometa o erro de se juntar esta guerra”.
- O presidente de Israel, Isaac Herzog, apelou à comunidade internacional que se una na condenação dos ataques do Hamas contra Israel. O Chefe de Estado pede uma “condenação inequívoca do Hamas, dos seus aliados e dos seus apoiantes no Irão”.
- Por sua vez, outro dos líderes do grupo islâmico, Saleh al-Arouri, garante à Al Jazeera que o grupo vai lutar “até à vitória” e que não vai ceder tão cedo. “Isto não é uma simples operação. Isto é uma batalha total. Nós esperamos que os combatem prossigam e que a frente se expanda.”
- Relativamente ao norte de Israel, mais concretamente na Cisjordânia, não houve registo de ataques, mas um ministro israelita teme que seja desencadeado um ataque perto daquela região.
- Um porta-voz das Forças Armadas de Israel confirmou que há civis e militares israelitas feitos reféns pelo Hamas em Gaza.
- Os Estados Unidos colocaram-se ao lado de Israel e garantem que vão trabalhar para que país “tenha o que precisa para se defender”. Também Portugal, por parte do Ministério dos Negócios Estrangeiros, condenou “firmemente” a manobra militar e considerou que Israel “tem o direito de se defender”.
- O Ministério dos Negócios Estrangeiros português confirmou que, de acordo com as informações “recolhidas até ao momento”, não há “portugueses diretamente afetados pelo ataque desta manhã em território israelita”.
- O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, enviou as “condolências a todas as pessoas que perderam familiares ou entes queridos no ataque terrorista” e relacionou o conflito em Israrel com a guerra na Ucrânia.
- O Irão, inimigo de Israel, apoiou a operação militar do Hamas, congratulando o grupo.