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“Nunca estive tão perto da morte.” O relato de Adele Raemer, que sobreviveu ao ataque do Hamas num kibbutz – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Out 12, 2023

Passava pouco das 06h30 da manhã deste sábado quando Adele Raemer ouviu as explosões dos primeiros rockets. Vivendo desde 1975 num kibbutz — uma comunidade judaica de pendor agrícola que alberga centenas de pessoas —, a cerca de dois quilómetros da Faixa de Gaza, a professora de inglês na reforma já estava habituada àqueles sons, deslocando-se para o abrigo de sua casa, que servia igualmente como quarto de hóspedes.

Cerca de 30 minutos depois, Adele Raemer recebeu uma notificação no telemóvel a confirmar algo que não esperava: havia soldados do Hamas inflitrados no kibbutz de Nirim, onde vive. Pouco depois, ouviu tiros e homens a falar árabe desde o exterior. Era a confirmação. Mais tarde, a mulher soube que 50 membros do grupo islâmico aterrorizaram a comunidade: três pessoas acabaram por morrer e dezenas estão ainda desaparecidas. “A nossa comunidade até teve sorte”, chegou a desabafar Adele Raemer, que falou ao Observador desde um hotel em Éilat, para onde foi levada pelo governo israelita.

Desde o genro que matou um membro do Hamas até às horas no centro comunitário do kibbutz, Adele Raemer relatou ao Observador as primeiras horas do ataque surpresa do grupo, considerado terrorista pelo Ocidente. “Nunca temi tanto pela vida. Nunca estive tão assustada e tão perto da morte como estive no sábado”, lamentou a mulher, que disse que a sua missão passa agora por documentar tudo aquilo que vivenciou nos passados dias.

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