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“Os Wagner vão para ali provocar, mas nem uma mosca passa”. O nervosismo destemido na fronteira com a Bielorrússia – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Out 15, 2023

A estrada ainda tem as marcas dos tanques russos que por ali passaram quando chegaram às portas de Kiev em fevereiro de 2022. Surge uma bifurcação: de um lado, o caminho para Chernobyl; do outro, uma estrada que vai até à Bielorrússia. A caminho de Poliske, a dez quilómetros do país de Lukashenko, já não há civis. As placas indicam ser zona de fronteira, mas também obrigam a recuar, de marcha à ré, para prevenir outro perigo: minas nas bermas. Não se vê ninguém, não se ouve nada. Mas assim que o motor do carro pára, seis militares ucranianos saem de uma casa onde controlavam, camuflados, a zona. “Quem são vocês? O que estão a fazer aqui?” São os nervos de quem se apresentaria, minutos depois, como a “primeira linha de defesa da Ucrânia”.

Na fronteira com a Bielorrússia, do lado ucraniano, “ninguém tem medo”, dizem, por as tropas do grupo Wagner terem acampado na Bielorrússia, mas o nervosismo está no ar e na postura. Identificação feita, armas em baixo. E um aviso daquela brigada do exército ucraniano: “Tiveram sorte em recuar, andavam mais uns metros e íamos atirar aos pneus. É que, daqui, ninguém passa. Nem para lá, nem para cá”.

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