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Na fase final do debate instrutório do caso do acidente que resultou na morte de Nuno Santos, em junho de 2021, o Ministério Público defendeu esta quarta-feira que o antigo ministro Eduardo Cabrita e o seu ex-chefe de segurança Nuno Dias não devem ser pronunciados por qualquer crime.
“Olhando para os indícios, a verdade é que, da prova produzida, não permitem assegurar com certeza a intervenção do arguido Eduardo Cabrita neste acidente. Resulta que o arguido foi tratando de e-mails de trabalho”, defendeu o Ministério Público, acrescentando que o antigo ministro da Administração Interna não se apercebeu da presença de Nuno Santos, o trabalhador que morreu há dois anos.
O ex-ministro seguia na A6 num BMW, ao lado do seu motorista, Marco Pontes, em excesso de velocidade — foi isso que o Ministério Público concluiu durante a investigação às circunstâncias em que ocorreu o acidente, há dois anos. Decorriam, naquele dia 18 de junho de 2021, trabalhos de manutenção naquela autoestrada. Nuno Santos estava a trabalhar e morreu, depois de ser atropelado pelo carro do então ministro da Administração Interna.