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O Presidente dos EUA, Joe Biden, comentou que “parece que foi o outro lado” que provocou a explosão no hospital de Gaza e, pouco depois, acrescentou que o Pentágono viu “provas de que não foi Israel” o responsável pelo incidente. As declarações foram feitas em Telavive, num dia em que o Presidente dos EUA viajou até Israel para deixar claro para todos que a administração Biden está totalmente empenhada em ajudar Israel a ter “os meios de que precisa para se defender”.
Veja um ponto de situação dos últimos acontecimentos no Médio Oriente, até ao início desta tarde de quarta-feira, 18 de outubro.
- A explosão no hospital em Gaza matou 471 pessoas, disse o Ministério da Saúde palestino num novo balanço divulgado esta quarta-feira. Além destas vítimas mortais, contam-se 314 feridos dos quais 28 estão em estado grave.
- As forças armadas israelitas divulgaram imagens que, dizem, mostram que foi um míssil da Jihad Islâmica que atingiu o hospital em Gaza. Um porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, explicou em conferência de imprensa que o país decidiu avançar com estas explicações porque “há pessoas que estão a tentar atribuir as culpas a Israel, de forma falsa”.
- Depois das imagens captadas por drone, Israel acaba de divulgar o que diz ser um telefonema intercetado, entre dois operacionais do Hamas, onde se fala sobre o alegado acidente que terá estado na origem da explosão de um hospital em Gaza, que vitimou centenas de pessoas. De acordo com essa tradução, um dos homens ao telefone comunica ao outro que “o que estão a dizer-nos é que o míssil pertence à Jihad Islâmica”.
- Joe Biden foi recebido no aeroporto em Telavive com um abraço de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelita, e os dois deram uma rápida conferência de imprensa onde o Presidente dos EUA manifestou solidariedade para com Israel. Por seu lado, Netanyahu disse que “da mesma forma que o mundo civilizado se uniu para derrotar os Nazis, e se uniu para derrotar o Estado Islâmico, o mundo civilizado tem de unir-se para derrotar o Hamas”.
- O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, considerou que a “informação de que poderá ter sido um míssil da Jihad Islâmica” a provocar a explosão de terça-feira num hospital de Gaza “parece ser uma ideia bastante consolidada”.
- Vários aeroportos em França e Bélgica foram evacuados devido a ameaças de bomba. Uma sinagoga em Berlim foi atacada esta manhã com “cocktails molotov”. E também o Palácio de Versalhes voltou a ser evacuado esta manhã por “razões de segurança”. É a terceira vez em menos de cinco dias que o espaço é fechado.
- O grau de ameaça de terrorismo em Portugal não vai aumentar para já, apesar de as polícias terem adotado medidas de segurança ajustadas ao conflito entre Israel e o movimento islamita Hamas, indicou o Sistema de Segurança Interna.
- Tal como na noite anterior, a manhã foi marcada por confrontos violentos perto da embaixada dos EUA no Líbano. Os manifestantes estão concentrados em frente à embaixada dos EUA em Beirute e envolveram-se em confrontos com as forças de segurança.
- “A União Europeia tem sido um dos maiores agentes a ajudar” os civis em Gaza e, garantiu Ursula Von der Leyen, “os fundos da Comissão Europeia nunca foram para o Hamas nem para qualquer outra organização terrorista”.
- No dia em que Biden visita Israel, as forças armadas dos EUA dizem ter travado um ataque contra as suas instalações militares no Iraque. Dois drones foram intercetados na madrugada desta quarta-feira quando se dirigiam para a base militar de Al Asad, segundo a informação transmitida pela agência Reuters. As fontes citadas pela agência, que não foram identificadas, não deram qualquer indicação sobre a proveniência dos drones.