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Primeira mulher eleita deputada no Hamas e viúva de co-fundador. Quem foi Jamila al-Shanti, a 4.ª líder do grupo a ser morta por Israel? – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Out 19, 2023


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Dois a 10 de outubro, outro a 16 e um a 19. Desde que a guerra começou, no dia 7 deste mês, Israel já matou quatro líderes do Hamas. Entre os nomes — Zakaria Abu Ammar, Jawad Abu Shamala, Osama Mazini e Jamila Abdullah Taha al-Shanti –, houve um que se destacou. O da primeira mulher no gabinete político do grupo islâmico palestiniano.

Segundo o Conselho Legislativo da Palestina (Parlamento), citada pela agência EFE, Jamila al-Shanti, de 68 anos (ainda que outros meios indiquem uma idade diferente), foi morta na madrugada desta quinta-feira, na sequência de um ataque aéreo israelita. Apesar de não ter referido o local onde o óbito ocorreu, o órgão do grupo terrorista deixou uma mensagem a lamentar a morte de “uma combatente da liberdade” palestiniana.

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“A mártir Jamila al-Shanti passou uma vida repleta de entrega e sacrifícios em prol da causa palestiniana. Desempenhou um papel importante e notável no trabalho parlamentar, académico, político, de defesa e de educação”, pode ler-se num comunicado publicado pela agência SABA, do Iémen.

Além de ser a viúva de um dos fundadores do Hamas, Abdel Aziz al-Rantisi, que morreu em 2004, na sequência de um ataque israelita, Jamila al-Shanti ficou conhecida por ter sido a primeira mulher a ser eleita para o gabinete político do grupo, em 2021.

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Nascida em meados dos anos 50, no campo de refugiados de Jabalia, na Faixa de Gaza, a mulher trabalhava como professora na Universidade Islâmica de Gaza até ter sido alegadamente assassinada por Israel. Segundo a mesma agência, tinha uma grande formação em línguas, mas não foi por essa razão que se destacou.

Apesar de ter casado com o co-fundador do grupo Hamas, médico e político da Palestina que chegou a assumir a liderança da organização, antes de um míssil israelita atingir o seu carro, Jamila traçou o seu próprio caminho e o das mulheres dentro do grupo.

Começou por fundar o movimento de mulheres do Hamas e, em 2006, foi eleita deputada do Parlamento. No mesmo ano, o seu nome foi ecoado por várias pessoas numa manifestação que conseguiu quebrar o cerco imposto pelo exército israelita a uma mesquita na cidade de Beit Hanoun, segundo o jornal Middle East Monitor.

Tal levou a que, três dias depois, a sua casa fosse bombardeada por aviões israelitas, causando a morte da sua cunhada, Nahla al-Shanti, e de outras duas pessoas. Já em 2013, foi nomeada ministra das Mulheres no governo do Hamas.

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Desde que o conflito entre o Hamas e Israel começou, já foram mortos pelo menos 3.478 palestinianos na Faixa de Gaza e cerca de 1.400 israelitas, havendo também mais de 12 mil feridos.



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