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Era preciso jogar “à Inter” para ganhar. E Frattesi mostrou que sabe o que isso é – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Out 24, 2023

O Inter Milão está atualmente na liderança da Serie A, perseguindo a recuperação do título depois do triunfo do Nápoles na época passada, e procura uma campanha europeia que não fique muito longe da final da Liga dos Campeões perdida para o Manchester City. Ainda assim, entre as exibições positivas e as oito vitórias em 11 jogos disputados, o Inter já perdeu em casa com o Sassuolo, empatou com o Bolonha e também não conseguiu vencer a Real Sociedad — numa espécie de equipa de duas caras que Simone Inzaghi quer que deixe de existir.

Esta terça-feira, depois da vitória contra o Torino e antes da receção à Roma de José Mourinho no próximo domingo, o Inter Milão defrontava o RB Salzburgo na terceira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões e procurava descolar da Real Sociedad no Grupo D. Os espanhóis jogavam na Luz horas mais tarde, contra o Benfica, e os italianos tinham a oportunidade de vencer os austríacos em Itália e colocar alguma pressão adicional em campo.

Para isso, porém, era preciso que o Inter apresentasse a sua melhor versão. “Este jogo é muito importante, porque estamos num grupo muito equilibrado. Temos de manter os níveis de concentração muito elevados. O RB Salzburgo não é uma equipa fácil de enfrentar, venceram o Benfica em Lisboa. Num grupo tão equilibrado como este e com uma equipa tão boa como a Real Sociedad com os mesmos pontos, sabemos que todos os jogos são muito, muito importantes. Eles são uma equipa agressiva, que joga bom futebol. Sabemos que temos de apresentar uma verdadeira exibição à Inter”, atirou Simone Inzaghi na antevisão da partida.

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Assim, o treinador italiano lançava Frattesi, Çalhanoğlu e Mkhitaryan no meio-campo, com Dumfries e Carlos Augusto nas alas e Lautaro e Alexis Sánchez no ataque, deixando Marcus Thuram e Barella no banco. Do outro lado, num RB Salzburgo que vinha de uma derrota contra o LASK e que está a quatro pontos da liderança do Sturm Graz na Áustria, Gerhard Struber colocava Šimić e Gloukh no setor mais adiantado, com Gourna-Douath e Bidstrup a surgirem numa zona intermédia.

Em Milão, o RB Salzburgo procurou contrariar o favoritismo do Inter e entrou com vontade de controlar o jogo, apostando numa pressão alta muito forte e colocando as linhas muito subidas no terreno. Os austríacos criaram mesmo as primeiras oportunidades da partida, com Yann Sommer a evitar o golo de Gloukh com uma grande defesa (5′) e Šimić a surgir isolado na cara do guarda-redes (9′). Os italianos demonstravam alguma dificuldade para chegar à área adversária, sendo constantemente travados pela organização defensiva do RB Salzburgo, mas a frieza imperou — e o Inter conseguiu abrir o marcador contra a corrente do jogo ainda dentro dos 20 minutos iniciais.

Mkhitaryan descaiu na direita e procurou Frattesi na grande área, mas o médio só conseguiu desviar a bola, que foi direitinha até Alexis Sánchez: com meia oportunidade, o avançado chileno atirou cruzado e fez o primeiro golo do jogo (19′). O RB Salzburgo não conseguiu responder à desvantagem, recuando no relvado e permitindo um controlo maior por parte do Inter, que teve várias ocasiões para voltar a marcar até ao intervalo e já não perdeu o domínio das ocorrências até ao fim da primeira parte.

Simone Inzaghi mexeu logo ao intervalo e trocou Mkhitaryan por Barella, procurando um critério diferente na posse de bola que a equipa queria ter durante a segunda parte. O jogo recomeçou algo atabalhoado, sem que nenhum dos conjuntos conseguisse ter posse durante longos períodos ou chegar perto da baliza adversária com condições para finalizar, mas o RB Salzburgo soube olhar para o exemplo do Inter e fazer magia a partir de uma pseudo oportunidade.

Šimić recebeu uma bola longa já na área e atrasou para Kjærgaard, que colocou em Gloukh e viu o jovem israelita atirar cruzado e em jeito para empatar (57′). A igualdade, porém, não durou 10 minutos: Gourna-Douath fez falta sobre Frattesi na área do RB Salzburgo, o árbitro assinalou grande penalidade e Çalhanoğlu converteu o castigo máximo para recuperar a vantagem do Inter (64′). Inzaghi reagiu com uma dupla substituição, lançando Thuram e Darmian, e os austríacos voltaram a ressentir-se da desvantagem numa altura em que atravessavam novamente um período bastante positivo.

Gerhard Struber só fez alterações nos últimos 20 minutos, apostando em Ratkov, Dorgeles e Konaté, e o RB Salzburgo ia tendo uma posse de bola claramente permitida e controlada pelo Inter, que limitava as incursões do adversário e olhava com especial atenção para as transições rápidas e a exploração da profundidade. Lautaro ainda assinou o aparente xeque-mate, ao finalizar uma das melhores jogadas da partida, mas o lance acabou por ser anulado por fora de jogo (83′) e o resultado já não voltou a ser alterado.

No fim, apesar de não ter tido uma exibição propriamente brilhante, o Inter conseguiu vencer o RB Salzburgo e colocou-se na liderança provisória do Grupo D, esperando agora o resultado entre Benfica e Real Sociedad na Luz para saber como ficam as contas. Num dia em que era preciso jogar “à Inter”, como Simone Inzaghi tinha pedido, Davide Frattesi foi do melhores em campo: o médio formado na Roma e emprestado pelo Sassuolo fez uma assistência e sofreu uma grande penalidade, tendo ainda estado no lance do golo de Lautaro que foi anulado.





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