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um mapa para as perversões da sociedade no cinema de um “autor comercial” – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Out 24, 2023

Os minutos iniciais de O Assassino, o novo thriller de David Fincher (que se estreia em sala esta quinta-feira, 26 de outubro e chega à Netflix a 10 de novembro), são dedicados a observar atentamente o processo do seu protagonista. A personagem, um metódico e indecifrável assassino profissional interpretado por Michael Fassbender, cumpre com escrupulosa disciplina cada etapa da sua rotina, nunca dando um passo em falso e minimizando quaisquer vestígios indicativos da sua passagem, ao mesmo tempo que, em voz-off, salienta a importância do planeamento e debita desapaixonadamente estatísticas, dadas como prova de que a ação humana pouco ou nenhum impacto tem na ordem natural das coisas.

“Não confies em ninguém, proíbe a empatia, não improvises” é o mantra e a frase repetida por Fassbender ao longo das cerca de duas horas do filme, uma espécie de lema ao qual adere rigidamente. Ao mesmo tempo, é difícil ignorar que encaixa que nem uma luva em toda a obra do realizador de Seven — 7 Pecados Mortais, O Jogo, Clube de Combate, Em Parte Incerta, Os Homens que Odeiam as Mulheres, entre outros, quase como se se tratasse da concretização de uma filosofia pessoal que Fincher imprime em todos os seus filmes.

[o trailer de “O Assassino”:]

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