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Aumento salarial foi o tema que gerou maior tensão entre sindicatos médicos e o governo. Se impasse continuar, “dificilmente haverá acordo” – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Out 30, 2023

A reunião deste domingo, que se prolongou pela madrugada dentro, resultou numa aproximação de posições entre o Ministério da Saúde e os sindicatos médicos. Numa reunião com vários momentos de tensão, o governo cedeu, ainda que exigindo uma aplicação faseada, em duas das três medidas exigidas pelos sindicatos — na diminuição da carga horária semanal das 40 para as 35 horas e na redução do número de horas semanais no serviço de urgência (de 18 para 12). No entanto, há um ponto que continua a bloquear um possível acordo: a revisão da grelha salarial dos médicos.

Numa reunião descrita ao Observador por um elemento que esteve presente como “tensa e difícil”, e que terminou já depois das duas da manhã, o governo não foi ao encontro das pretensões dos sindicatos no que diz respeito à atualização das grelhas salariais. Tanto a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) como o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) exigem um aumento salarial transversal de 30% para todos os médicos, que compense, argumentam os sindicatos, o poder de compra perdido ao longo da última década. O aumento, que os sindicatos admitem poder ser faseado ao longo dos próximos três anos (o período que resta da legislatura), implicaria um aumento salarial anual de pelo menos 10% por ano para todos os médicos, a começar já em 2024.

No entanto, como o Observador avançou na sexta-feira, o Ministério da Saúde não irá “muito mais além” do que propôs, ou seja, um aumento transversal de 5,6% para todos os médicos, praticamente metade daquilo que é exigido pelos sindicatos. “Neste momento, é o principal aspeto que impede o acordo. O governo continua a colocar em cima da mesa um aumento de cerca de 5% do salário-base. A proposta dos sindicatos não é maximalista, permitimos que seja um aumento faseado”, diz ao Observador o secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha, ressalvando que, “se os sindicatos assinarem um acordo no qual os médicos não se revejam, não adianta colocar lá nem dez assinaturas”.

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