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como a inteligência artificial deu vida à última canção dos Beatles – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Nov 2, 2023

O piano de John Lennon era um obstáculo. Naquelas cassetes, gravadas no seu apartamento em Nova Iorque na segunda metade da década de 70, podiam ouvir-se demos, trechos e apontamentos de canções que nunca foram lançadas oficialmente. Nos estúdios de Sussex ressoava a sua voz, inconfundível, uma espécie de artefacto arqueológico-musical que ressuscitava, nem que fosse por uns minutos, o músico assassinado em 1980. Mas havia algo no caminho. Algo que estava a mais.

“Sempre que queríamos um bocadinho mais da voz do John, o piano entrava em cena e encobria a paisagem”, diz em voz-off Paul McCartney, no mini-documentário lançado esta quarta-feira a propósito de Now and Then, anunciada no final de outubro e lançada esta quinta-feira como “a última canção dos Beatles” – ou, para ser mais exato, a última canção para a qual todos os membros da banda (os sobreviventes e os que já partiram) registaram a sua contribuição.

Em 1995, McCartney, em conjunto com os colegas George Harrison e Ringo Starr, tinham decidido juntar-se e gravar um par de novos temas a partir das cassetes de Lennon, a propósito do lançamento de The Beatles Anthology, um projeto multimédia de celebração do legado dos “Fab Four”. Duas das músicas, Free as a Bird e Real Love, foram finalizadas e lançadas como parte da coletânea de álbuns incluída naquele projeto. A terceira, Now and Then, provou ser demasiado desafiante do ponto de vista tecnológico, e acabou por ser “suspensa” durante mais de 25 anos – até agora.

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