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Verstappen vence no Brasil em dia de show de Pérez e Alonso – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Nov 5, 2023

Os últimos anos de Fórmula 1 revelaram uma história de amor curiosa, duradoura e recíproca. Lewis Hamilton apaixonou-se pelo Brasil e o Brasil apaixonou-se por Lewis Hamilton, com o piloto britânico a tornar-se até cidadão honorário brasileiro na antecâmara do Grande Prémio de São Paulo da época passada. Um ano depois, naturalmente, a história de amor teve mais um capítulo.

Tal como tem acontecido nos últimos anos, Hamilton colocou as cores do Brasil no capacete, surgiu nas garagens com uma bandeira a recordar Ayrton Senna e apareceu este domingo com um fato de treino completo que a seleção brasileira de futebol utilizou nos anos 90. Pelo meio, tal como faz desde há vários anos sempre que corre em Interlagos, traduziu todas as publicações nas redes sociais para português, agradecendo um amor que é “lindo”.

Uma semana depois da 16.ª vitória do ano para Max Verstappen, no México e com o pormaior de ter feito do neerlandês o piloto com mais triunfos numa única temporada de Fórmula 1, o circo mudava-se para São Paulo para o antepenúltimo Grande Prémio de 2023. A competição começou logo no sábado, com Verstappen a garantir a pole-position e a vencer a corrida sprint onde Lando Norris até arrancou do primeiro lugar, e número 1 da Red Bull voltava a ser o natural favorito ao degrau mais elevado do pódio.

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“O primeiro arranque do fim de semana não foi fantástico, mas a segunda metade da corrida sprint foi boa e conseguimos chegar perto do Lando. A partir daí foi só gerir. Esta pista causa muita degradação dos pneus, são muitos desgastados, 24 voltas num conjunto de pneus já é mesmo muito. Temos de tentar um tempo de volta constante e acho que conseguimos gerir bem a corrida. O ano passado foi muito difícil para nós aqui, hoje foi muito melhor”, atirou, recordando que foi apenas 4.º em Interlagos há um ano, com a vitória a cair para George Russell.

Max Verstappen vence corrida sprint do GP do Brasil

Verstappen ficou sem companheiro de primeira linha logo na volta de formação, já que Charles Leclerc perdeu o sistema hidráulico do Ferrari e destruiu o carro nas barreiras, ficando desde logo fora da competição. Assim, Lance Stroll e Fernando Alonso eram virtualmente 2.º e 3.º na grelha de partida, seguindo-se Lewis Hamilton, Lando Norris e Carlos Sainz numa qualificação onde a surpresa foram os Haas, que garantiram as posições 11 e 12.

O Grande Prémio arrancou sem Leclerc, mas também não durou muito tempo até ser interrompido: Alexander Albon bateu em Nico Hulkenberg e abalroou Kevin Magnussen logo na primeira curva, com os destroços do Williams e do Haas a obrigarem a direção da corrida a soltar uma bandeira vermelha para limpar a pista (que chegou a ter um pneu a circular) e reparar as barreiras. Pelo meio, as más notícias alargaram-se até à McLaren e e à AlphaTauri, com os carros de Oscar Piastri e Daniel Ricciardo a sofrerem danos no meio da confusão e os mecânicos das duas equipas a trabalharem em contra-relógio para terem as alterações concluídas a tempo do recomeço.

Verstappen voltou a ser o mais forte no segundo arranque, segurando a liderança, com Norris a agarrar o segundo lugar e Alonso a ser mais forte do que Hamilton para ficar em terceiro. O britânico da McLaren demorou a deixar o Red Bull fugir, chegando a estar roda com roda com o neerlandês sem ativar a manobra de ultrapassagem, mas o tricampeão mundial começou a conseguir cavar alguma distância de segurança a partir da 10.ª volta.

Mais atrás, Sergio Pérez foi pressionando George Russell e levou mesmo o jovem britânico a questionar a Mercedes, via rádio, sobre se era para trabalhar em equipa ou se era “cada um por si” — isto depois de ter perdido o DRS de Lewis Hamilton, que seguia à sua frente. A resposta começou por ser um lacónico “ainda estamos a averiguar”, mas a verdade é que Pérez acabou mesmo por ultrapassar Russell antes de também superar Hamilton para subir ao 4.º lugar.

A volta 25 trouxe novas paragens, com os dois Mercedes a pararem em simultâneo e a regressarem à pista algumas posições abaixo. Fernando Alonso também parou, voltando à frente de Sergio Pérez e ainda em 3.º lugar, enquanto que Verstappen e Norris também mantiveram as duas posições da frente depois da mudança de pneus. Na cauda do pelotão, Ricciardo perdeu um minuto inteiro no pitlane e mesmo assim não estava em último, com Piastri a ter uma corrida de autêntico sacrifício que não iria escapar à derradeira posição do Grande Prémio, e o domingo também ia correndo muito mal à Alfa Romeo, que viu Zhou e Bottas abandonarem devido a problemas mecânicos.

Sergio Pérez ia realizando uma corrida muito positiva, ao contrário do que tem acontecido nas últimas semanas, e as últimas voltas em Interlagos trouxeram uma luta entre o piloto mexicano e Fernando Alonso pelo terceiro lugar. Ainda no top 10, George Russell e Lewis Hamilton mantiveram as dificuldades a que não conseguiram fugir depois da paragem e estavam presos atrás de Stroll, Sainz e Gasly — e sem grandes chances de se aproximarem do Alpine, que a dada altura chegou a realizar a volta mais rápida.

O domingo complicado da Mercedes tornou-se ainda mais negro a pouco mais de 10 voltas do fim, quando Russell foi chamado às boxes e acabou mesmo por abandonar. Sergio Pérez forçou Fernando Alonso até ao fim e a luta entre os dois foi o ponto alto do Grande Prémio do Brasil: o mexicano ultrapassou o espanhol na penúltima volta, o espanhol respondeu já perto da meta e aguentou o terceiro lugar até ao derradeiro instante, ficando 53 milésimos à frente do Red Bull e garantindo o regresso da Aston Martin aos pódios.

Lá à frente, Max Verstappen carimbou a 17.ª vitória da temporada e Lando Norris segurou mais um segundo lugar para a McLaren. Lance Stroll ficou em 5.º, seguido de Carlos Sainz, Pierre Gasly, Lewis Hamilton e Yuki Tsunoda, e Esteban Ocon fechou o top 10.





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