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Ainda acreditam? – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Nov 6, 2023

Em Portugal considera-se que a classe média é a que tem rendimento anual de 35 mil euros. Faz sentido este número? Tanto o governo como vários partidos, da esquerda à direita, na discussão do orçamento consideraram que este valor é representativo da classe média em Portugal. Visível, aliás, pelas atualizações dos escalões de IRS e os apoios.

Mas o que é a classe média? De facto, é um conceito amplamente discutido mas de difícil definição unânime. Eu ouso afirmar que a ambição da classe média é aquela que consegue viver bem sem passar necessidades ou ser, efetivamente, financeiramente rico. É aquela que pode ter a sua casa digna, o seu automóvel (sim, porque este país não tem resposta de transportes colectivos), acesso a um seguro de saúde (porque o SNS falha na sua resposta sejam as listas de espera ou os fechos de urgências), pagar um colégio particular (greves sucessivas nas escolas públicas e disciplinas ideológicas que não estão de acordo com todas as convicções sociais), etc , etc e tudo isto suportando a carga fiscal mais elevada da Europa.

Alguém ainda acredita que com todos os falhanços sucessivos na resposta do estado alguém é classe média por menos de 50 mil euros de rendimento/ano? Alguém acredita que é possível?

O pensar pequeno e a falta de ambição, são a lavagem cerebral que o marxismo, socialismo e todas as suas derivações fazem à sociedade (e até partidos políticos à direita), que a torna incapaz de tomar conta do seu destino. Tais ideologias não promovem as escolhas individuais, pelo mérito, pela capacidade de arriscar, de empreender, pelo elevador social que apenas vejo o CDS-PP e Nuno Melo referirem.

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Em vez de ambição, vejo o estado a estimular a inércia, a subsídio dependência, o “empurrar com a barriga” que depois se resolve. Alguém acredita que este caminho leva ao nosso sucesso enquanto país? Viver bem ou ser rico parece pecado, num país que tanto precisa de investimento.

A resignação está a instalar-se à boa moda do socialismo. Segundo uma notícia do Expresso “no ano passado 27% das novas aposentações na Segurança Social foram feitas antes da idade legal da reforma. Cerca de metade das reformas antecipadas ocorreram após esgotado o subsídio de desemprego. Governo diz estar a preparar reforma a tempo parcial para ser implementada em 2024”. Não acham este dado preocupante? Mais uma reformazinha parcial, mais um poucochinho?

Usam a desculpa de apoiar os que mais precisam e aumentam o IUC aos mais pobres. Querem garantir saúde para todos, mas desde 2015 um milhão de portugueses passaram a ter seguro de saúde!

Alguém acredita neste governo e nos seus porta vozes nos media, com a complacência de toda a esquerda, de influencers do sistema que arranjam sempre desculpas para os sucessivos falhanços sem ambições de reforma, que não oferecem liberdade ás pessoas para fazerem as suas vidas e entrarem no elevador social?

Não há liberdade sem bem estar, sem valores e sem rendimento. Deste modo, o governo e a esquerda querem perpetuar-se no poder com os votos dos que aceitam mais um poucochinho e que são tantos mais quanto mais o Estado as obrigar a ser.



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