• Seg. Set 23rd, 2024

Emma Hayes, a treinadora mais bem paga do mundo que quer ressuscitar os Estados Unidos – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Nov 15, 2023

Era o segredo que já todos sabiam e que só precisava de confirmação: Emma Hayes, treinadora que se sagrou campeã com o Chelsea em seis ocasiões, é a nova selecionadora dos Estados Unidos. A inglesa de 47 anos já tinha anunciado que iria deixar os blues no fim da temporada, tendo agora sido anunciada como a sucessora de Vlatko Andonovski na seleção que já conquistou quatro Mundiais e quatro medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos.

“É uma enorme honra ter a oportunidade de treinar a equipa mais incrível na história do futebol feminino. O sentimento e a ligação que tenho a esta equipa e ao próprio país são profundos. Sonhei com treinar os Estados Unidos durante muito tempo, por isso, ter esta oportunidade é um sonho tornado realidade. Sei que temos muito trabalho pela frente para que possamos alcançar o nosso objetivo de ganhar consistentemente e ao mais alto nível. Chegar lá vai exigir dedicação, devoção e colaboração das jogadoras, do staff e toda a gente dentro da Federação”, referiu Emma Hayes, citada pelo comunicado da US Soccer que confirmou a contratação da nova selecionador.

A inglesa natural de Camden, em Londres, sucede assim a Vlatko Andonovski — que deixou o cargo em agosto e na sequência da eliminação dos Estados Unidos nos oitavos de final do Campeonato do Mundo, o pior resultado de sempre do país numa competição que já conquistou em quatro ocasiões. De acordo com o The Athletic, Emma Hayes vai tornar-se a treinadora mais bem paga do mundo: isto porque a US Soccer já implementou a total paridade de salários entre a seleção masculina e feminina, pelo que a inglesa vai auferir exatamente o mesmo que o selecionador Gregg Berhalter, cerca de 1,6 milhões de dólares por ano.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“A Emma é uma líder fantástica e uma treinadora de nível mundial que tem padrões elevados para ela própria e para todos os que a rodeiam. Tem uma energia tremenda e uma vontade de ganhar insaciável. A sua experiência nos Estados Unidos, a compreensão da paisagem do futebol feminino e a noção do que significa treinar esta equipa tornaram-na uma escolha natural para este papel e não poderíamos estar mais satisfeitos por tê-la a liderar a nossa seleção feminina daqui para a frente”, explicou Cindy Parlow Cone, a ex-jogadora que é agora presidente da US Soccer.

Megan Rapinoe, o símbolo da revolução americana que sorri no meio do caos

Emma Hayes tinha o sonho de ser jogadora de futebol e chegou a integrar a formação do Arsenal, mas uma lesão no tornozelo durante umas férias na neve fez com que terminasse a carreira de forma abrupta com apenas 17 anos. Dedicou-se aos estudos, licenciando-se em Sociologia na Liverpool Hope University e completando um mestrado em Assuntos Internacionais. Mudou-se para os Estados Unidos em 2002 para assumir o primeiro desafio da carreira, enquanto treinadora do Long Island Lady Riders, passando ainda pelo Iona Gaels antes de regressar a Inglaterra em 2005.

Em Londres, integrou o início do projeto de futebol feminino do Arsenal e tornou-se a primeira treinadora adjunta e diretora da academia dos gunners, sendo o braço direito de Vic Akers entre 2006 e 2008. Regressou aos Estados Unidos para orientar o Chicago Red Stars e ficou no futebol norte-americano mais dois anos depois de ser despedida, cumprindo funções de consultora no Western New York Flash e no Washington Freedom.

E de repente, o Chelsea ganhou a corrida por Sam Kerr, uma das melhores jogadoras do mundo

Voltou a Inglaterra em 2012 e para assumir o comando técnico do Chelsea, período que só vai terminar no próximo ano e ao fim de mais de uma década. Nos blues, conquistou seis Campeonatos (os últimos quatro de forma consecutiva), cinco Taças de Inglaterra, duas Taças da Liga e uma Supertaça, mantendo até ao fim da temporada o sonho de ganhar a Liga dos Campeões pela primeira vez na história do clube.

Emma Hayes só vai deixar o Chelsea no fim da época e tem os Jogos Olímpicos de Paris como o primeiro desafio ao comando dos Estados Unidos — numa janela temporária muito curta, já que sai dos ingleses em maio e começa a disputar os Jogos no final de julho, cumprindo apenas quatro jogos de preparação.





Source link

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *