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o “balancê” inquieto e lutador de uma mulher de voz plena – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Nov 19, 2023

Podia ter sido só mais um concurso televisivo em que anónimos cantam as canções dos seus ídolos. O ano era 1993 e “Chuva de Estrelas” um talent-show da SIC baseado no original holandês, “Soundmixshow”. Sara, então com 15 anos, era uma miúda tímida de Almada. De jeans e casaco de cabedal, estava na televisão para interpretar o tema de uma das suas cantoras favoritas, Whitney Houston.

“Tem música dos pés à cabeça”, “uma presença que não é vulgar numa pessoa só com 15 anos de idade”, ouviu dos jurados depois de cantar One Moment in Time. Surgia ali uma estrela chamada Sara Tavares, que venceria a primeira edição do concurso a 25 de março de 1994. Que depois ganharia festivais. Que pouco depois encontrava uma voz — única, inspirada noutras que vieram antes dela, mas criando um espaço único e pessoal, sempre transmitível, numa partilha e entre artista e público, África, Portugal e o mundo.

Meses depois do Chuva de Estrelas, a cantora e compositora portuguesa com ascendência cabo-verdiana era convidada a participar no Festival da Canção, com uma canção com letra de Rosa Lobato de Faria e e música de João Carlos Mota Oliveira. Contam-se pelos dedos das mãos quem não saiba de cor pelo menos alguns versos. “Vou pegar na tua mão/ Vou compor uma canção /Chamar a música”. Ao Chamar a Música (1994), vencia o festival com o máximo de pontuação de todos os jurados e representava Portugal em Dublin naquela que é até hoje considerada uma das melhores prestações portuguesas na Eurovisão. Voltou da Irlanda com o 8.º lugar.

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