• Sex. Dez 1st, 2023

a entrevista de Pinto da Costa, nas entrelinhas – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Nov 22, 2023

O que tenho a dizer sobre a Assembleia Geral? Que foi um momento desagradável, muito mau mesmo e já tomámos todas as providências para não voltar a repetir-se. Decorrem dois inquéritos, um nosso através do Conselho Fiscal e outro do Ministério Público para apurar os responsáveis ou os mais responsáveis e temos de aguardar calmamente. Não posso dizer quem são os responsáveis porque estaria a antecipar-me aos dois inquéritos mas através das redes sociais houve incitamento a que as pessoas viessem em grupo, que se pusessem nos cantos, que filmasse tudo o que pudessem… Não compreendi a intenção.”

Logo no início da entrevista, e na primeira de várias perguntas sobre o que se passou na Assembleia Geral de dia 13 de novembro no Dragão Arena, Pinto da Costa deixou as duas garantias que eram mais “reivindicadas” entre o universo azul e branco: por um lado, que iriam ser asseguradas todas as condições possíveis para que não existissem mais atos de violência ou intimidação (que mais tarde disse desconhecer). No entanto, quase como aquelas respostas que estão na ponta da língua, o presidente do FC Porto não quis deixar passar todas as movimentações que foi conhecendo nas redes sociais, utilizando quase uma imagem mais gráfica para explicar aquilo que considera ser uma postura “premeditada” para gravar eventuais tumultos que surgissem. Pinto da Costa não é propriamente um adepto de redes sociais mas percebe o peso que as mesmas começam a ter naquele que é um clima pré-eleitoral no Dragão ainda que sem os candidatos esperados oficializados.

“Disse que ia votar contra e não estava de acordo. O Conselho Superior é que foi encarregue disso, competia que fossem eles a fazer a proposta de alteração dos estatutos. Não fiquei nesse grupo, a única questão que coloquei é que deviam estar elementos das três listas. Calma? Não me competia a mim, o presidente da Assembleia Geral é que dirige os trabalhos. Não tenho o poder de separar as pessoas quando entram em zaragatas, não sou segurança. O que disse é que, para mim, devia terminar ali (…) A única pessoa que consegui identificar foi um Henrique que foi falar e até é meu amigo, de resto não conhecia as pessoas das que vi envolvidas. Espero que nas imagens se consigam apurar (…) Foi uma noite má, sempre que o FC Porto perde também é uma noite má… Já vi muitas coisas em Assembleias Gerais, ainda antes de ser dirigente, porque desde os 16 anos que não perco uma Assembleia Geral.”

Nas respostas seguintes, ainda sobre o mesmo tema, Pinto da Costa quis deixar dois pontos que o “ilibam” de tudo o que aconteceu: 1) logo no início da Assembleia Geral referiu no discurso que ia votar contra as três propostas que mais celeuma causavam, pelo que “esvaziou” eventuais polémicas que pudessem aparecer; 2) não poderia ter feito nada perante o que estava a acontecer porque é o presidente da Mesa da Assembleia Geral, Lourenço Pinto, que comanda os trabalhos. Mas não ficou por aí e, ao mesmo tempo que confirmou que o associado que teve o discurso mais inflamado era seu apoiante (até “amigo”), quis dar mais um sinal da “pluralidade” existente no FC Porto ao vincar por mais do que uma vez que pediu para que as três listas que foram a sufrágio em 2020 estivessem representadas no grupo que fez a proposta de alteração estatutária. O mote para a primeira “farpa” a André Villas-Boas estava dado, quando disse que ia a todas as Assembleias Gerais desde os 16 anos quase em contraponto com o papel do antigo treinador dos azuis e brancos.

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