Henry Kissinger, o mais conhecido, e controverso, diplomata dos EUA, morreu na noite desta quarta-feira nos EUA, com 100 anos. A notícia foi anunciada num comunicado, que informa apenas que a morte aconteceu na sua casa no Connecticut, mas não diz quais as causas.
Centenário de Kissinger — o europeu ambíguo
Kissinger foi Secretário de Estado e Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos nos governos dos presidentes Richard Nixon e Gerald Ford e marcou de forma profunda a política externa norte-americana. Tornou-se depois um estadista, diplomata e reconhecido especialista, cujas opiniões influenciavam a estratégia e política do mundo global. Gerando, na maioria das vezes, polémica.
Imigrante judeu fugido da Alemanha nazi para, Kissinger falava pouco inglês quando chegou aos Estados Unidos ainda adolescente em 1938. Mas conseguiu destacar-se academicamente, graças aos conhecimentos históricos e à facilidade com que escrevia, formando-se na prestigiada universidade de Harvard em 1950. Integrou depois o corpo docente da universidade, antes de se mudar para Washington.
Pelas suas negociações do cessar-fogo na guerra do Vietname, Kissinger recebeu o prémio Nobel da Paz em 1973. Uma entrega, que, como muitas outras coisas da sua vida e carreira, geraram enorme controvérsia.