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Os rebeldes Houthis do Iémen, apoiados pelo Irão, ameaçaram esta quinta-feira voltar a atacar e “ampliar as suas operações” por terra e por mar contra Israel, se a trégua na Faixa de Gaza, que termina na sexta-feira, não for prolongada.
O porta-voz militar dos rebeldes, Yahya Sarea, referiu num comunicado, citado pela agência EFE, que os Houthis afirmam “a sua total disponibilidade para retomar as operações militares contra o inimigo israelita”, caso Israel “decida retomar a agressão a Gaza”.
Caso o exército israelita volte a bombardear o enclave palestiniano, os rebeldes “não hesitarão em expandir as suas operações militares contra a entidade israelita, para incluir alvos que talvez não esperem, em terra ou no mar”.
Yahya Sarea indicou ainda que o movimento xiita “continua a impedir” o movimento de navios de bandeira de Israel ou de propriedade israelita no Mar Vermelho, onde nas últimas semanas ocorreram vários incidentes, como ataques e sequestros de cargueiros.
O porta-voz lembrou que as operações militares dos Houthis “terminarão assim que terminar a agressão israelita contra a Faixa de Gaza”.
Houthis do Iémen anunciam novos ataques com drones contra alvos israelitas
Israel e o movimento islamita Hamas acordaram esta quinta-feira prolongar a trégua humanitária na Faixa de Gaza por mais um dia, nas mesmas condições das pausas anteriores: a libertação diária de dez reféns nas mãos do Hamas, em troca da libertação de 30 presos palestinianos de prisões israelitas.
Entretanto, continuam os esforços de mediação liderados pelo Catar e o Egito para prolongar a trégua por mais dois dias.
Israel declarou guerra ao Hamas em 7 de outubro, após um ataque daquele grupo islamita em território israelita, que incluiu o lançamento de mais de quatro mil mísseis e a entrada de cerca de três mil milicianos, que mataram perto de 1.200 pessoas e sequestraram 240 em comunidades israelitas perto da Faixa de Gaza.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.