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A cábula de Pedro Nuno, as selfies e a megalomania. “Nós vamos ganhar a 10 de março. O que é que querem? É verdade” – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Dez 15, 2023

Sentado num canto de um sofá do Parlamento, Pedro Nuno Santos vai sonhando com o dia em que bate o Presidente da República no campeonato das selfies. Sabe que já vai com uns anos de atraso, mas por estes dias de salas de comício cheias e de solicitações em catadupa é difícil contrariar as suas elevadas expectativas sobre o que quer que seja. O ex-ministro vai desfiando, sobre as selfies, quem as pede e chega à sua conclusão: “Antes pediam muito pouco, mas também tive, sobretudo de malta mais nova. Agora não, são todas as faixas etárias…. Nós vamos ganhar as eleições no dia 10 de março… Eh pá, o que é que querem? É verdade!” No meio da megalomania quase parece esquecer que, para lá chegar, tem de passar a prova interna de sábado. Mas ninguém lhe diga que pode ser de outra maneira.

A três dias das diretas do PS, onde defronta José Luís Carneiro e Daniel Adrião, não teme que o partido que sempre teve em lume brando durante os últimos anos lhe falhe. Passa pela cabeça que possa correr mal? “Não”. E não, não teve “nenhuma desilusão nem nenhuma surpresa” nestas últimas três semanas. Não, não e não. E sim, foi “imediato” na decisão de avançar mal soube que António Costa ia sair de cena. “Quando se dá a demissão, foi imediato”, conta ao Observador. “O partido começou logo a mexer-se”, garante.

Cultiva a imagem de destemido e é frequente ouvi-lo disparar que não tem medo de nada, quase com a mesma impetuosidade com que decreta que não é impulsivo. Mas foi impossível que não se excedesse naquele domingo, dia 19 de novembro, quando quis responder aos ataques do seu principal adversário por uma única vez e com a promessa de ser contido. Acabou por ir em crescendo: começou a dizer que consigo o PS não seria a “muleta do PSD” e acabou num despique muito direto com José Luís Carneiro. “Deste Governo em concreto, o meu adversário interno tem o apoio de um ministro, eu tenho o apoio de seis ministros. Eu tenho o apoio de mais do que dois terços da bancada parlamentar do PS e da esmagadora maioria das federações. A questão que coloco é: quem é que é herdeiro do quê?”. Menos como se defendia da direção de campanha, mas mais ao estilo natural do candidato.

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