Em entrevista à Rádio Observador, e numa altura em que o caso do alegado favorecimento às gémeas luso-brasileiras continua a dominar a atualidade, o bastonário da Ordem dos Médicos esclarece que não existe ainda nenhum inquérito aberto aos médicos envolvidos, mas não exclui a possibilidade de o ex-secretário de Estado Lacerda Sales poder ser visado pelo Conselho Disciplinar da OM — ainda que apenas no que diz respeito a eventuais atos médicos praticados naquele âmbito.
Nos últimos dias, o ex-secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales — que terá tido uma intervenção direta no caso das duas crianças, segundo a auditoria interna do hospital —, acusou a Ordem de “intromissão” e de “clara ofensa ao Estado de Direito”. Mas não foi o único. Também o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, falou sobre o tema para mostrar dúvidas de que “a Ordem dos Médicos possa abrir um inquérito disciplinar ao deputado [do PS] Lacerda Sales por atos que ele tenha eventualmente cometido, não na sua condição de médico, mas de governante”.
Na entrevista, Carlos Cortes acusa o poder político de se tentar imiscuir e “pressionar” aquela que venha a ser a “decisão técnico-científica da OM” neste caso.
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