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Como o suspeito de tráfico Heitor Brandão, um dos 24 militantes que moram no mesmo pátio, ajudou Newton no PSD – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Dez 18, 2023

Durante anos, Luís Newton contou com a ajuda de Heitor Brandão, suspeito de tráfico de droga detido na semana passada na operação Origami, para vencer eleições: em nome próprio na junta de freguesia da Estrela e na concelhia; ou através dos candidatos que apoiou para a distrital e até para as diretas do PSD. Os votos da “Fonte Santa” ou “da Possidónio Silva”, como são conhecidos pelos dirigentes e militantes do PSD/Lisboa, fazem parte dos “votos do Newton” já bastante noticiados em artigos de caciquismo pelo Observador. Só no mesmo número da rua Possidónio Silva, que corresponde a um pátio com várias casas, há 24 militantes do PSD/Lisboa. Um desses 24, o militante nº230.661 do PSD com as quotas em dia é, precisamente, Heitor Brandão.

A ligação do clã Brandão ao PSD começa em 2014, quando três pessoas que moram no pátio (uma delas Sara Brandão, cunhada de Heitor) se fazem militantes do PSD. Em janeiro desse mesmo ano, Márcio Marujo, um dos detidos da operação Origami, é contratado pela primeira vez (num contrato que só foi tornado público quatro anos depois). Márcio é cunhado de Heitor Brandão — companheiro de Karine Brandão, irmã do alegado traficante — e foi contratado para os serviços de fiscalização e manutenção do espaço público na Estrela. Quando foi detido, na semana passada, Márcio era fiscal na junta de freguesia na categoria de assistente operacional.

A relação entre Luís Newton e Heitor Brandão tinha começado ainda antes de o autarca ter o apoio da família Brandão no PSD. Newton, conhecedor da realidade da zona por ter crescido na Lapa e ter sido autarca (vogal na junta), aproxima-se do alegado traficante no verão de 2013 quando se candidata à junta de freguesia da Estrela (que juntou Lapa, Prazeres e Santos-o-Velho). Para utilizar a influência de Heitor junto dos locais, chega a aparecer ao lado dele num cartaz de campanha.

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