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Durão Barroso. Em 2004, não via a possibilidade de cair o governo de Santana Lopes e “só um génio” poderia antever a subida do PS ao poder – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Dez 19, 2023

“A minha ida para a Comissão Europeia não significou a ida do PS para o Governo.” Durão Barroso, antigo primeiro-ministro de Portugal, considerou esta terça-feira impensável que em março de 2004 alguém pudesse prever a subida ao poder de um Governo PS, numa altura em que o PSD governava com maioria absoluta. Só “um génio”, defendeu, poderia antever isso. Durão Barroso falava em tribunal, onde foi ouvido esta terça-feira no julgamento de Manuel Pinho, antigo ministro da Economia de José Sócrates. No final do seu depoimento, foi ouvido Pedro Passos Coelho, outro antigo primeiro-ministro do PSD.

Durante a sua audição, Durão Barroso foi inquirido sobre a sua relação com Manuel Pinho, a sua mulher, e Ricardo Salgado — os três arguidos do processo. Além disso, as questões colocadas incidiram sobre a forma e o momento em que o antigo primeiro-ministro escolheu a sua equipa governativa e sobre a estabilidade do governo de Pedro Santana Lopes, que o sucedeu no cargo de líder do Governo. A Pedro Passos Coelho foram colocadas questões semelhantes.

Sobre Manuel Pinho, Durão Barroso disse não ter relações nem de amizade, nem de inimizade. “Trabalhou no GES [Grupo Espírito Santo] quando eu também trabalhei, num momento em que eu também colaborei”, disse o antigo primeiro-ministro, frisando que os dois não mantinham qualquer relação. “Não íamos a casa uns dos outros.” Mais tarde, já quando era presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso disse ter estado mais tempo com Manuel Pinho, uma vez que o então ministro da Economia acompanhava José Sócrates, chefe de Governo, numa visita a Bruxelas. “É o único caso em que me recordo de ter estado algumas horas com ele.”

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