Às tradicionais luzes juntam-se as pistas de gelo, os mais modernos espetáculos de videomapping e muitos mercados com diversões para todos os gostos, mas também para todos os gastos. Não é de agora que as autarquias e freguesias desembolsam milhares na decoração de ruas e edifícios, mas a necessidade de entreter quem sai à rua para “ver as luzes” é cada vez maior e surge com custos avultados para os cofres do Estado.
Até 20 de dezembro — só tendo em conta aquilo que foi publicitado pelo Estado — já tinham sido gastos 23 milhões de euros em despesas natalícias ao nível local, entre iluminação, decoração, animação, refeições festivas e ofertas. São 792 contratos públicos, várias dezenas deles realizados por ajuste direto. E o ano ainda não acabou. Muitos contratos públicos relativos a Natal e Ano Novo ainda serão submetidos no portal Base até ao final de 2023 e nos primeiros meses de 2024, como se percebe através dos registos dos últimos anos.
Para lá das inovações tecnológicas e da prática de desportos de inverno — mesmo que em Portugal a temperatura média ronde os 13º — há tradições que estão garantidas. Os jantares e almoços de Natal organizados para os funcionários municipais ainda são o que eram e a oferta de cabazes com o bacalhau, azeite e bolo-rei também não falha. A distribuição de brindes por um Pai Natal mais ou menos credível aos filhos de trabalhadores e/ou crianças da localidade perdura e as excursões de idosos ao teatro também.
Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.