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10 espectáculos que ficam na história de 2023 – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Dez 24, 2023

Passavam poucos segundos desde o início da peça quando jovens do movimento Climáximo irromperam pelo palco do Teatro São Luiz, em Lisboa. Num domingo de outono, ativistas escolheram interromper a peça Europa, de David Greig, para “fazer uma intervenção sobre o significado” do próprio espetáculo “no estado atual do mundo perante a crise climática”.

Das várias ilações que retiramos deste episódio, elencamos duas: que cada récita é única e irrepetível, e que estar na sala de teatro — seja em cena ou fora dela — pode ser um gesto político. Nos últimos 12 meses se nota como o repertório clássico perdeu espaço nos palcos portugueses em prol de criações originais sobre temas fraturantes: o colonialismo, o racismo, as assimetrias sociais, a democracia. Talvez estejamos perante uma “necessidade de criação de manifestos, de confirmação de intenções”.

Tal como o teatro não é a realidade sem nuances, também uma lista é o resultado de um exercício discutível. O que se segue são os dez espetáculos de que mais gostámos e que vimos sobretudo nos grandes palcos, sobretudo em Lisboa e no Porto, por força das agendas institucionais e inegável enviesamento regional. Este não é, portanto, um retrato do país, mas uma amostra do que melhor se fez no último ano.

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