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“We are” mesmo bacalhau – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Dez 25, 2023

A frase tornou uma insuspeita visita oficial ao Canadá num acontecimento mediático. “We are bacalhau”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa perante a comunidade luso-descendente em Toronto, em setembro. O discurso continuou com outros ícones da portugalidade — o caldo verde, o vira — mas nenhum, nem mesmo Cristiano Ronaldo, arrancou aplausos e títulos na comunicação social como o bacalhau. A pergunta, porém, ainda ecoa: o que é exatamente isso de ser bacalhau?

A relação identitária dos portugueses com o bacalhau perde-se na história. Muito associado ao consumo pelos grupos proletários e pobres, foi frequentemente objeto político e usado como símbolo nacional na imprensa e nas artes. Levá-lo para o discurso político não é invenção de Marcelo Rebelo de Sousa. Já o Estado Novo usava o bacalhau para justificar políticas protecionistas e, antes disso, davam-se os pescadores de bacalhau como os antecessores dos navegadores da expansão marítima. No inconsciente nacional o bacalhau permanece rico apesar de remediado, português apesar de estrangeiro, e o seu consumo aumenta na época do Natal. A história prossegue com artistas a refletir sobre este passado.

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