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O grupo xiita libanês Hezbollah garantiu, esta terça-feira, que “o assassínio” por Israel do número dois do movimento islamita palestiniano Hamas, Saleh al-Arouri, nos arredores a sul de Beirute, “não ficará impune”.
“O assassinato de Saleh al-Arouri no coração dos subúrbios a sul de Beirute é uma agressão grave contra o Líbano (…) e não ficará sem resposta nem impune”, frisou o Hezbollah, em comunicado.
O Hamas confirmou a morte de al-Arouri no bombardeamento com um ‘drone’ israelita contra um gabinete do grupo palestiniano nos arredores sul de Beirute, onde também morreram outras cinco pessoas.
O movimento culpou “a ocupação sionista”, aludindo a Israel, pelo “assassínio cobarde” de líderes palestinianos e afirmou que o bombardeamento do seu gabinete em Beirute “prova mais uma vez o completo fracasso deste inimigo em alcançar qualquer um dos seus objetivos beligerantes” na Faixa de Gaza.
O braço armado do Hamas, as Brigadas al-Qasam, das quais al-Arouri foi cofundador, prometeu “uma resposta” à sua morte.
Também o primeiro-ministro do Governo da Autoridade Nacional Palestiniana, Mohamed Shtayeh, condenou “o assassínio” do número dois do movimento Hamas, Saleh al-Arouri, e acusou implicitamente Israel da sua autoria.
Depois de se tornar conhecida a morte de al-Arouri, ocorreram marchas de protesto pedindo vingança contra Israel em várias cidades e campos de refugiados na Cisjordânia, segundo a imprensa local. As autoridades israelitas ainda não confirmaram a autoria deste ataque em Beirute.
Em comunicado divulgado na rede social X, o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, disse que “este novo crime israelita visa arrastar o Líbano para uma nova fase de confrontos depois dos contínuos ataques diários no sul, que causaram um grande número de mártires e feridos”.
Esta é a primeira vez desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, iniciada em 07 de outubro de 2023, que as forças de Telavive atacam a capital libanesa.