1 No início de 2019 José Tolentino de Mendonça foi convidado pelo Papa Francisco – pessoalmente, por telefone — para orientar o seu retiro quaresmal.
Pouco tempo depois, novo convite ao sacerdote português: de Lisboa para Roma, da Capela do Rato para o Vaticano, da sua vida religiosa e das suas intervenções culturais em Portugal, para uma missão civilizacionalmente tão prestigiante quanto desafiante em Itália… O Chefe da Igreja tinha-o percebido: estava ali, em Tolentino, o “seu” bibliotecário-arquivista-mor. A tarefa de presidir à Biblioteca do Vaticano e ao seu Arquivo, encontrara um “tarefeiro” que trazia em si os dons e os dotes para ela.
O eco deixado no retiro papal pelo verbo decisivo de Tolentino ainda perdurava na memória do clero ali reunido: a vibração da sua fé, a vastíssima cultura teológica, o discurso marcado pelo seu irremediável avançar em direcção ao âmago de tudo; a escolha, que lhe acontece (sobre?) naturalmente, das palavras mais espiritualmente poéticas por saber que assim se serve melhor a Deus, ficaram para sempre impressas no pequeno templo.
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