Pedro Nuno Santos
A proximidade ao ato eleitoral reduziu a margem para que a oposição interna a Pedro Nuno Santos fizesse qualquer tipo de movimento que pudesse perturbar o Congresso do líder. Chegou a acordo com José Luís Carneiro para listas conjuntas aos órgãos nacionais e, do que se sabe, nem precisou de se comprometer em demasia com as listas de deputados. Tirando figuras de quinta ou sexta linha — e mesmo essasm raras — não houve ninguém a criticar abertamente o líder ou as suas opções estratégicas como, por exemplo, a defesa de uma futura geringonça. Pedro Nuno Santos fez ainda dois discursos mais preparados do que os que tinha feito até agora (incluindo o da noite da vitória nas diretas, que o próprio admitiu que “não correu muito bem). Do ponto de vista da imagem, também conseguiu apresentar-se como o rosto da renovação (apesar de estar há 32 anos na JS/PS) e de ter estado sete anos no Governo. Depois de andar a fugir de apresentar propostas concretas, isso já não lhe pode ser imputado. Agora, não só já sabe qual é o salário mínimo, como propõe aumentá-lo para 1000 euros até 2028. Terá vários problemas ainda para lidar (a presença de Costa, a eventual vontade de mudar do eleitorado, a sua impulsividade), mas o Congresso foi um passeio no parque para Pedro Nuno Santos.
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