A começar, um cheirinho de Estatística: Portugal foi o país com maior excesso de mortes na primeira semana de 2024, entre os 25 que constituem a rede europeia EuroMOMO, que calcula semanalmente os números da mortalidade dos países membros. E a Diretora-geral da Saúde admitiu que este excesso de mortalidade vai continuar. E eu também já me senti melhor.
Seja como for, resta-me uma dúvida e uma certeza. A dúvida: será esta mortalidade em excesso mais culpa do estado de coma do Serviço Nacional de Saúde, ou do estado de coma das finanças dos portugueses que não permite a compra de medicamentos e o aquecimento das casas? Difícil. Aposto num mix das duas. Num pijaminha de desgraças, digamos.
A certeza, essa, é absoluta. O boletim de voto para as eleições de Março devia já trazer, ao lado da imagem do Partido Socialista, o aviso: “Votar no PS provoca danos irreversíveis na saúde”. Ou, em alternativa: “Os socialistas matam a economia prematuramente.” Ou talvez: “O seu irmão emigrado na Irlanda, ou a sua prima a viver na Suíça, podem ajudá-lo a deixar de acreditar em balelas socialistas.”
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