Os agentes da PSP têm defendido um suplemento salarial semelhante ao que foi aprovado no final do ano passado para a Polícia Judiciária e cujo valor mais baixo está fixado nos 664 euros: pararam os carros de serviço, que declararam como “inoperacionais”, e mantêm os protestos à frente da Assembleia da República e em vários outros pontos do país. No segundo dia de manifestações (terça-feira, 9 de janeiro), José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna, quis sublinhar: “Para evitar a instrumentalização de setores, é muito importante saber que há um suplemento que varia entre os 292 e os 1143 euros” para os elementos desta força de segurança. Mas, segundo dados enviados pela Direção Nacional da PSP ao Observador, só uma pessoa ganha o valor máximo — e está identificado: é Barros Correia, diretor nacional da PSP. A larga maioria, cerca de 80%, ganha um suplemento que varia entre os 300 e os 400 euros.
Os dados da Direção Nacional da PSP mostram que, de um total de 20.296 profissionais da instituição, apenas 159 ganham mais de 600 euros de Suplemento por Serviço nas Forças de Segurança. Este é, aliás, o patamar a partir do qual pode ser feita a comparação com a atualização dos suplementos da PJ, tutelada pelo Ministério da Justiça, já que o valor mais baixo de suplemento pago a quem está na carreira especial de segurança da PJ é 664,63 euros.
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