Não está declarada uma crise na Apple, mas quem segue os passos da marca da maçã consegue perceber que já houve tempos mais risonhos no percurso da tecnológica. Os resultados dos três últimos meses de 2023, habitualmente a época mais forte de vendas, só vão ser conhecidos em fevereiro, mas o facto de o diretor financeiro ter deixado avisos para um trimestre morno, em linha com o desempenho do ano anterior, gerou alguma apreensão entre os investidores.
Nesse dia, em novembro, a tecnológica apresentou o quarto trimestre consecutivo de recuo das vendas, um cenário que já não era visto desde 2001. Também tem sido notório o abrandamento das vendas de alguns segmentos de produtos, como o iPhone. O tombo no mercado chinês, um dos mais relevantes para a companhia, até levou Tim Cook a uma viagem surpresa ao país, onde, por causa do aumento da concorrência, a empresa lançou-se numa política de descontos, da qual costuma manter-se afastada.
As dores de cabeça não ficaram arrumadas em 2023. O início deste ano está a mostrar-se pouco auspicioso para a marca, que já teve pelo menos duas desfeitas em questões legais. Esta semana, o Supremo Tribunal rejeitou ouvir o recurso da Apple no processo movido pela Epic Games sobre a App Store e, noutro tema, os Apple Watch 9 e Ultra 2 voltaram a ser banidos nos EUA devido a uma disputa de patentes.
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