Dizem que é “um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte”. Chegou à liderança do partido depois de alguns fracassos, mas com o estatuto de “herdeiro do passismo”, muito por causa do cargo que assumiu durante o período da troika. No livro “A cabeça de Montenegro”, o jornalista Miguel Santos Carrapatoso, editor-adjunto de Política do Observador, traça o percurso pessoal e profissional de um homem que “esteve politicamente morto e ressuscitou”.
Neste excerto, a biografia olha para o peso da figura de Cavaco Silva — “referência política maior”, diz o próprio Montenegro —, com destaque para o momento em que o antigo Presidente da República surgiu de surpresa no congresso de Almada, em novembro. Miguel Santos Carrapatoso escreve que, ali, “a transição de ponta‑de‑lança do passismo para símbolo do neocavaquismo”, tal como Luís Montenegro sempre pretendera fazer, “estava internamente consumada”.
O livro faz parte de uma trilogia editada pela Zigurate que fica completa com as biografias de Pedro Nuno Santos, do PS, escrita pela jornalista do Público Ana Sá Lopes; e de André Ventura, escrita pelo jornalista do Expresso Vítor Matos. Os três títulos já estão em pré-venda e chegam às livrarias no dia 8 de março.
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