Alguma da juventude da Igreja que pastoreio na Lapa vai votar pela primeira vez na vida nas próximas eleições. Foi-me pedido, por isso, que houvesse um encontro para receberem alguns conselhos acerca do assunto. Ninguém espera que seja o Pastor a dizer onde colocar o X mas concordei que sim, que há princípios a lembrar na hora de escolher um candidato político. Agendámos por isso um jantar em nossa casa para conversar acerca do assunto.
Ao contrário do que tantas vezes é lido na imprensa mais incompetente, os Baptistas são bastante ciosos da separação entre Igreja e Estado. Vêm de uma tradição com séculos entre os evangélicos em que a política é inevitavelmente olhada com desconfiança e prudência. No caso da minha denominação Baptista, acumulamos mais de 400 anos de experiência em saber que uma coisa é o governo, outra é a congregação. Sofremos por isso.
Quando a Reforma Protestante chegou no Século XVI a Inglaterra tornou-se uma Reforma naturalmente inglesa. Nenhum dos movimentos reformadores foi igual no mesmo lugar. No caso britânico, deu origem à Igreja Anglicana, instituição nacional. Tempos depois surgiriam Acts of Uniformity que estabeleciam basicamente que a religião do Rei deveria ser a religião dos súbditos. Uma coisa destas sempre deu raia entre aqueles que, aderindo a formas de Protestantismo, rejeitaram a ideia logo enquanto princípio.
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