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Violência sexual ou brincadeira estúpida? – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Fev 4, 2024

Foi notícia a agressão por parte de oito alunos, entre os 13 e os 16 anos, de um colega de 11, dentro de um escola de Vimioso, que terá ocorrido diante da presença de outras 20 crianças e de uma funcionária da escola que, tal como elas, alegadamente, nada fez. Ao que consta, esta criança de 11 anos terá sido sodomizada com um pau de vassoura. Havendo quem se pergunte se aquilo que sucedeu terá sido uma “brincadeira estúpida” ou uma “agressão sexual”.

Há uma diferença enorme entre as “piadas parvas”, as picardias, os atritos, as fúrias e as bulhas e o bullying e a violência declarada. Aprender a sentir a ira e a manifestá-la com lealdade e com maneiras faz parte do crescimento indispensável de um adolescente. Mesmo que, como acontece entre os irmãos, isso se faça com episódios, alguns deles, bem feios.

A agressividade é um património da Humanidade. E quanto mais um adolescente aprende a linha que separa a ira sem regras da urbanidade mais cresce saudável. Porque percebe que o jogo usa a agressividade dentro dos limites da lealdade. Porque proteger inclui, também, nalgumas circunstâncias, um quanto baste de agressividade. Tal como competir. Ambicionar. Reagir à dor. Etc. Portanto, um mundo de crianças atiladas e certinhas não é, seguramente, um mundo de crianças seguras, na medida em que usar a agressividade dentro do que é sensato e equilibrado nos ajuda a defender, a afrontar a surpresa ou o imprevisto. A rivalizar. A vencer o medo. Ou a desbravar caminhos.

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