Foi na sua morada pessoal, na Madeira, que Diogo Martinho Henriques, atual presidente da Associação Académica de Lisboa (AAL), foi notificado em outubro do ano passado da decisão do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa que declarava o organismo, com 38 anos de história, insolvente. A sentença acrescentava um novo capítulo a uma história de mais de uma década de problemas e durante a qual a associação já se viu a braços com pesadas dívidas, contas penhoradas e, a certo ponto, com um Processo Especial de Revitalização (PER), que entretanto entrou em incumprimento.
A declaração de insolvência, que a Associação Académica entretanto já contestou, foi publicada depois do insucesso da Semana Académica de Lisboa de 2023, ainda que as raízes do processo venham de trás. A decisão pode pôr em causa a sobrevivência do organismo, que agrega atualmente 28 associações federadas, e a sua capacidade de voltar um dia a organizar eventos.
Numa altura em que a atual direção se prepara para terminar funções e que está prestes a ter início um período de eleições para escolher os novos representantes, a situação financeira da AAL está longe de estar resolvida e paira ainda a incerteza sobre se a Semana Académica de Lisboa, evento em que a associação só colaborou enquanto parceiro e cuja segunda parte foi adiada para maio deste ano, sempre vai avançar ou não. Para já, parece pouco provável que aconteça nessa altura.
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