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O antigo presidente do Banco Espírito Santo já chegou ao Tribunal Central Criminal de Lisboa, ao lado dos seus advogados, Francisco Proença de Carvalho e Adriano Squilacce, e da sua mulher, Maria João Salgado.
A defesa do ex-banqueiro ainda chegou a pedir uma nova perícia neurológica — além das duas perícias médico-legais já conhecidas e que confirmam o diagnóstico da doença de Alzheimer –, mas o tribunal rejeitou o pedido e convocou Salgado para se apresentar esta sexta-feira em tribunal. Para esta sexta-feira estavam também previstos os testemunhos dos peritos responsáveis pelas perícias, mas essas declarações serão feitas apenas daqui a duas semanas, no dia 20 de fevereiro.
Ricardo Salgado está a exagerar a doença de Alzheimer?
Manuel Pinho está acusado pelo Ministério Público de dois crimes de corrupção passiva, um deles para ato ilícito, um crime de branqueamento de capitais e outro crime de fraude fiscal e o tribunal decidiu manter todos os crimes, tal como constam na acusação. Sobre Alexandra Pinho recaem os crimes de branqueamento de capitais e de fraude fiscal — os dois em co-autoria material, em concurso efetivo, com o ex-marido. Já Ricardo Salgado chega a julgamento acuso de um crime de corrupção ativa para ato ilícito, outro de corrupção ativa e ainda um de branqueamento de capitais.
Segundo o Ministério Público, Manuel Pinho terá sido corrompido por Ricardo Salgado, na altura em que era o responsável pela pasta da Economia no Governo de José Sócrates, e terá recebido uma avença mensal de 14.963,94 euros através da sociedade offshore Espírito Santo Enterprises — o conhecido saco azul do Grupo Espírito Santo (GES). No total, o antigo ministro da Economia terá recebido um total de 3,9 milhões de euros do GES e Ricardo Salgado terá dado ordem para efetuar esses pagamentos. O objetivo do ex-líder do BES seria favorecer, alegadamente, o grupo da família, nomeadamente na aprovação das herdades da Comporta e do Pinheirinho como “Projeto de Interesse Nacional”.
Caso EDP. Manuel Pinho recusa “pacto criminal” com Ricardo Salgado e diz que acordo foi assinado um ano antes de ser nomeado como ministro