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Movimento acusa ministra da Agricultura de “contrainformação” e pode intensificar luta – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Fev 9, 2024

O Movimento Cívico de Agricultores acusou esta sexta-feira a ministra de apresentar “contrainformação”, num encontro do qual não saíram muitos compromissos, sem pôr assim de lado a possibilidade de reforçar os protestos.

Encontrámos muita contrainformação na senhora ministra, [Maria do Céu Antunes]. Claramente a mensagem não está a ser passada da forma mais correta ou, pelo menos, estão a escudar-se na falta de informação e, portanto, os agricultores não se podiam aliar da sua função na sociedade. Somos os gestores legítimos de grande parte do território nacional“, afirmou Ricardo Estrela, do Movimento Cívico de Agricultores, em declarações aos jornalistas, no final da reunião que decorreu no Ministério da Agricultura.

Para Ricardo Estrela ficou claro que este movimento “faz todo o sentido e tem que existir”, lamentando não ter levado do encontro datas concretas para a maioria do pagamento das ajudas anunciadas.

O Conselho de Ministros aprovou, na quinta-feira, uma resolução com 320 milhões de euros de apoio para o setor agrícola, destinado a atenuar o impacto da seca e da inflação dos custos de produção.

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Contactado pela Lusa, na altura, o Ministério da Agricultura e da Alimentação explicou que este montante está inserido no pacote de apoio ao setor, com mais de 400 milhões de euros de dotação, que foi lançado pelo Governo na semana passada.

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A restante verba refere-se aos apoios que estão dependentes de “luz verde” por parte de Bruxelas.

Os agricultores portugueses têm vindo a sair à rua desde a semana passada, em ações organizadas por um movimento que se afirma espontâneo.

Estes protestos condicionaram centenas de vias de norte a sul, com tratores parados ou em marcha lenta.

Os agricultores, que reclamam a flexibilização da PAC — Política Agrícola Comum, condições justas de trabalho e de concorrência, direito à alimentação adequada e a valorização da atividade, decidiram manter os protestos agendados, justificando que os apoios são “uma mão cheia de nada”, tendo em conta que não são definidos prazos ou formas de pagamento.

Desde então, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, tem vindo a reunir-se com associações e confederações representativas do setor.

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