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quatro mulheres e um bebé (a caminho) num baby shower musical – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Mar 13, 2024

Mães, adaptado do musical da Broadway Motherhood, criado por Sue Fabisch, é na generalidade sarcástico e foca-se no lado mais difícil, e menos falado, da vida com crianças. Porém, nunca se torna cínico, conseguindo mostrar que as personagens podem queixar-se, podem sentir falta da vida anterior e do corpo anterior, e isso não quer dizer que gostem menos dos filhos ou que consigam imaginar a vida sem eles.

Teresa (Ana Cloe) foi mãe pela primeira vez “depois de um enrolanço no Sudoeste”, trocou o carro de solteira por “uma Sharan” e, três miúdos e 12 anos depois, está agora divorciada e a tentar manter-se à tona na nova realidade.

Os temas ficam no ouvido, as letras são adaptadas à realidade portuguesa e o texto tem humor. As referências que se seguem não são para um público com pudor ou para quem não saiba que um pós-parto pode implicar coisas como incontinência — “Não quero um pipi pingão”, canta Teresa — ou “mamas pinguças, para lá, para cá, tipo dois sacos de chá”, explicam em coro as três mães do grupo quando o tema é a amamentação.

“A Sandra Faria, que é a diretora da Força de Produção [responsável pelo espetáculo] deu-me a ler esta peça. Achei-a logo muito divertida, doida e, apesar de tratar uma temática onde geralmente encontramos poesia e beleza profunda, aqui também mostra de uma forma divertida e despudorada aquilo que é a maternidade”, diz o encenador Ricardo Neves-Neves.

Henrique Dias foi o responsável pela tradução e adaptação de texto, além das canções, em parceria com Miguel Viterbo. A direção musical é de Artur Guimarães. “Ele trabalha a música com sentido de humor, o que não é muito fácil, e com uma banda de três músicos consegue criar uma sonoridade como se tivéssemos mais instrumentos e mais músicos”, conta Ricardo Neves-Neves.

Em palco, ao fundo, estão três músicos, que vão apoiando as quatro vozes femininas. Tirando Tânia Alves, as outras três atrizes já tinham contracenado (em Avenida Q), o que facilitou a união do grupo de trabalho. “Tivemos uma sorte infinita por ser um projeto de muita partilha. O processo do Ricardo dá muito espaço a haver troca de ideias e de opiniões”, garante Gabriela Barros, a Beatriz desta história.



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