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Zomi distribuía comida em Gaza e morreu a “fazer o que amava”. É uma das sete vítimas mortais da ONG atingida por Israel – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Abr 2, 2024

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Era voluntária, distribuía refeições por deslocados palestinianos na Faixa de Gaza e estava a sair do armazém depois da chegada de toneladas de comida por via marítima. Lalzawmi Frankcom, mais conhecida como Zomi, seguia num dos carros da Organização Não-Governamental (ONG) World Central Kitchen que foi bombardeado pelo exército israelita.

Além da australiana, um britânico, um polaco e um norte-americano-canadiano estão entre os sete  mortos do ataque aéreo que já foi assumido pelo primeiro-ministro de Israel: “Infelizmente, nas últimas 24 horas, houve um trágico caso em que as nossas forças atingiram de forma não intencional pessoas na Faixa de Gaza”.

As imagens dos carros atingidos (diretamente) por Israel, onde morreram sete voluntários de uma ONG

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Lalzawmi Frankcom nasceu em Melbourne e morreu aos 43 anos a “fazer o que amava”. A família não demorou a reagir à morte num comunicado onde relembrava a “coragem”, um “legado de compaixão”, “bravura” e “amor por todos os que estão à sua volta”. “Era um ser humano gentil, altruísta e notável que viajou pelo mundo a ajudar pessoas em momentos de vulnerabilidade”, contam, citados pelo The Guardian.

A organização está presente na Faixa de Gaza para distribuir refeições aos palestinianos deslocados e, nas redes sociais, dava conta da existência de “mais de 60 cozinhas no centro e sul de Gaza [onde] preparam centenas de milhares de refeições todos os dias”. Entre a produção de comida e o pagamento a membros da comunidade cujos negócios de venda ambulante foram afetados pela guerra e que estão hoje a ser pagos para distribuir comida gratuita, a World Central Kitchen está espalhada por vários locais da comunidade a providenciar refeições.

Um dos vídeos publicados mais recentemente na rede social X, antigo Twitter, tem Lalzawmi Frankcom e o chef Oli como protagonistas, em imagens onde surgem sorridentes e a explicar o que iriam servir naquele dia em Deir al-Balah. Foi exatamente naquela zona que o carro onde circulavam vários membros da ONG foi atingido por um ataque aéreo.

“Este é um ataque às organizações humanitárias que surgem nas situações mais terríveis, em que os alimentos são usados ​​como armas de guerra. Isso é imperdoável”, referiu Erin Gore, CEO da World Central Kitchen, pouco após o ataque, de “coração partido” e em choque.

Em comunicado, a World Central Kitchen esclarece que o ataque aconteceu ainda que os movimentos tenham sido “coordenados” com as forças israelitas e quando os carros deixavam o armazém em Deir al-Balah, onde tinham sido descarregadas mais de 100 toneladas de ajuda alimentar trazida para Gaza pela rota marítima”.





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