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a resposta de Pinto da Costa a Varandas – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Mai 24, 2024

Pinto da Costa tinha sobretudo uma justificação perante os pedidos de André Villas-Boas, presidente eleito e empossado do FC Porto, para que o Conselho de Administração da SAD dos azuis e brancos pudesse avançar com uma renúncia que acelerasse o processo de transição: a final da Taça de Portugal. Pela estabilidade, pela espécie de Last Dance que o próprio criou, pela possibilidade de poder estar no banco tal como nos tempos em que era ainda chefe do departamento de futebol com José Maria Pedroto no comando da equipa. Essa última hipótese caiu, por castigo, nem por isso os dois restantes argumentos saíram enfraquecidos.

Apesar de ter sido sancionado com 35 dias de suspensão na sequência das palavras contra a arbitragem na derrota do FC Porto no Estoril para o Campeonato, numa punição que foi depois confirmada pelo próprio Pleno do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, Pinto da Costa acreditava que o pedido de providência cautelar junto do Tribunal Central Administrativo Sul seria acolhido enquanto o processo ia seguindo para o Tribunal Arbitral do Desporto. Não foi. A vontade de estar no banco de suplentes caía, a vontade de estar no último jogo na liderança da sociedade não e foi nessa condição que assinou um texto para a revista de lançamento da final da Taça de Portugal, no domingo, entre os dragões e o Sporting.

“Para o FC Porto é um jogo para ganhar, porque este clube alimenta-se de vitórias e de títulos. À custa desse espírito forjado nas últimas décadas temos hoje o melhor palmarés de Portugal, um estatuto que ambicionamos manter e consolidar. Para que isso aconteça encaramos sempre os adversários com respeito, pois sabemos que têm valor e ambições legítimas. Procuramos derrotá-los, não rebentá-los, até porque não recorremos a discurso de ódio, que só incendeia o ambiente já tóxico do futebol português”, escreveu o líder cessante dos azuis e brancos, a propósito de uma frase de Frederico Varandas, presidente do Sporting, num vídeo feito num jantar privado de celebração do Campeonato com o plantel.

“Todos os jogos que definem os vencedores de troféus são especiais. A final da Taça de Portugal é-o ainda mais, por normalmente fechar a temporada e por constituir um momento importante de comunhão e celebração para muitos adeptos. Com todo o respeito pelo Sporting, tenho a expectativa de que o FC Porto vai lutar até ao limite das suas forças para vencer a Taça de Portugal pela terceira época consecutiva. Não há nada que deseje mais do que continuar a ver os portistas felizes”, apontou sobre a decisão.

“Pessoalmente, esta final tem o significado de corresponder ao fim de um ciclo. O primeiro troféu que ajudei a conquistar como diretor do departamento de futebol foi uma Taça de Portugal ganha ao Sp. Braga, nas Antas, com um golo do saudoso Fernando Gomes. Já como presidente, vi o FC Porto disputar 22 finais e ganhar 15, a primeira contra o Rio Ave, fez no dia 1 de maio 40 anos. Tenho as melhores memórias desta competição, que me proporcionou e a todos os portistas muito mais alegrias do que tristezas”, concluiu Pinto da Costa, que nesta despedida dos dragões se deverá sentar na Tribuna tal como o líder empossado do FC Porto, André Villas-Boas, e o presidente do Sporting e da Sporting SAD, Frederico Varandas.

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