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Ao segundo dia, o NOS Alive foi o Festival Dua Lipa – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Jul 13, 2024


Durante hora e meia, o concerto obedeceu a um milimétrico guião, com coreografias executadas com precisão e interações com o público singelas. Havia quem esperasse pelo menos uma mudança na indumentária, mas tal não aconteceu. A artista manteve-se com o bustier e hot pants brancos da marca francesa Courrèges e limitou-se a sobrepôr ao coordenado um colete do mesmo tom aquando da balada Happy For You — de longe o ponto mais baixo do concerto, com um público desconhecedor da canção.

O alinhamento não teve surpresas, em tudo semelhante ao da atuação de Madrid, um par de noites antes. Gym Tonic, de Bob Sinclar, funcionou como breve interlúdio, aquecendo para Training Season e logo One Kiss, canção originalmente cantada em dueto com Cavin Harris, que culminou numa explosão de corações vermelhos de papel (numa altura em que os festivais apregoam práticas de sustentabilidade, onde parám — ou, neste caso, porque não páram — os confetti?)


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Ilusion, Break my Heart e uma poderosa Levitating cantadas a plenos pulmões pelo público sucederam-se antes de desaguar numa melancolia. Dua Lipa arriscou-se no português para dizer um trôpego “Um grande beijo para vós” e logo quis falar sobre inclusividade nos festivais, isto porque o concerto foi aproveitado para uma iniciativa que resulta da parceria entre o Nos Alive e a Access Lab, que proporcionará, através de tecnologia 5G, “uma experiência multissensorial completa”, lê-se no comunicado.

“If these walls could talk / they’d say ‘Enough’”, cantou eThese Walls, uma canção ligeiramente menos acelerada do que a maior parte das restantes. A julgar pelo público, intergeracional, diverso, ninguém está pronto para dizer Enough (“Basta”, em português) a Dua Lipa. É a quarta vez que a artista passa por Portugal. A estreia aconteceu no Meo Sudoeste, em 2017, ano do seu primeiro e homónimo disco, do qual só se ouviram dois temas neste NOS Alive: Be the One e New Rules. Voltou em 2022, já com estatuto de mega estrela, a Braga e a Lisboa, no Meo Arena.

No palco do Passeio Marítimo de Algés, os cabelos vermelhos esvoaçavam na hora da despedida — falsa, claro. O que seria de um concerto de Dua Lipa sem direito a Houdini? Mas o encore trouxe também Pyshical e Don’t Start me Know. No final, até fogo de artifício houve. Uma megaestrela pop não faria menos do que isso.



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