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“Momala” ou Kamala? Sete marcos da primeira vice-presidente negra que pode vir a ser a primeira mulher Presidente dos EUA – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Jul 22, 2024

Para preservar a sua identidade cultural, Shyamala Gopalan Harris deu à filha mais velha o nome Kamala, que significa “lótus”, em sânscrito. É também o nome para a divindade hindu Lakshmi. Também o segundo nome, Davi, foi pensado: significa “deusa” em sânscrito, outro tributo à religião hindu.

Estudou Direito na Universidade Howard e na Universidade da Califórnia, começou a sua carreira de advocacia em 1990, no gabinete do procurador distrital do condado de Alameda, onde se dedicou a casos de abusos contra crianças. Em 2003, foi eleita procuradora distrital de São Francisco, instalando a sua sede de candidatura num bairro maioritariamente negro de São Francisco, onde ninguém esperava que alguma vez um candidato aparecesse em campanha, e muito menos coordenasse tudo a partir daí.

Em 2010, foi eleita procuradora-geral da Califórnia, tornando-se a primeira mulher e a primeira pessoa negra a ocupar aquele que é o mais alto cargo responsável pela aplicação da Lei no estado mais populoso dos EUA.

Considerada uma das estrelas em ascensão do Partido Democrata, em 2017, a sua carreira política despontou e lançou a sua candidatura a senadora júnior dos EUA pela Califórnia. Por fim, em 2020, Biden elegeu Kamala Harris para vice-presidente, numa decisão histórica e simbólica, tornando-se na primeira mulher, na primeira afro-americana e na primeira sul-asiática a chegar a essa função, que é hoje o seu papel.

E foi enquanto vice-presidente que se tornou também a primeira a visitar nessa função (como também nenhum Presidente o fez) a visitar uma clínica que permite a interrupção voluntária da gravidez. Fê-lo em maio numa clínica do Minnesota. Tem sido uma das suas lutas, a da defesa do direito de opção das mulheres em interromperem a gravidez.

“A minha mãe olhava para mim e dizia: ‘Kamala, podes ser a primeira a fazer muitas coisas, mas certifica-te de que não és a última“, cita a página oficial da Casa Branca.

Kamala Harris casou em 2014 com o advogado Doug Emhoff e tornou-se madrasta dos seus dois filhos. Por não gostarem do termo, na época acordaram tratar Kamala por “Momala”. Ao pai, Cole, de 29 anos, e Ella, de 25, tratam pelo nome Doug, um hábito que adquiriram em crianças e que se mantém até aos dias de hoje.

Quanto à decisão de Kamala não ter filhos biológicos, é um dos motivos que levam muitas mulheres norte-americanas a identificarem-se com a vice-presidente (ou a questionar a decisão). Kamala prefere, no entanto, falar sobre o seu papel enquanto Momala, o título que “sempre será o que mais significa para mim”, afirma.

Kamala, a vice de Biden que queria que Biden fosse vice dela — a primeira mulher e afro-americana no cargo

Num texto escrito na Elle, Kamala fala dos filhos como a fonte de amor e prazer. “O meu coração não estaria completo, nem a minha vida, sem eles”.

A primeira evidência remonta a 1986, quando, na sua foto de finalista, levava ao pescoço um colar de pérolas. A peça estará ligada à fraternidade universitária Alpha Kappa Alpha, a primeira irmandade negra estabelecida para mulheres, onde Kamala andou, e onde os fundadores são referidos por “Twenty Perls”.

Em homenagem à fraternidade, no seu discurso de aceitação da nomeação do Partido Democrata para ser candidata à vice-presidência dos EUA, em agosto de 2020, usou um colar de pérolas Akoya e South Sea, simbólicas para o grupo. As pérolas são assim a imagem de marca de Kamala Harris, que as utiliza em evento importantes da sua carreira.





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