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Ex-presidente brasileiro Bolsonaro lidera manifestação pela “liberdade de expressão” em São Paulo

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Set 7, 2024

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro reuniu milhares de manifestantes no centro de São Paulo para protestar contra a proibição da plataforma de mídia social X no país.

A manifestação foi programada para coincidir com o Dia da Independência do país, no sábado.

O evento também aconteceu enquanto o rival político de Bolsonaro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, liderava um desfile oficial com as forças armadas do país na capital, Brasília.

Vestido com as cores da bandeira brasileira, Bolsonaro subiu em um palco temporário erguido na principal via de São Paulo, a Avenida Paulista, e discursou para a multidão.

Seus comentários miraram um dos principais responsáveis ​​pela proibição de X: o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

“Espero que o Senado Federal coloque um freio em Alexandre de Moraes, esse ditador que faz mais mal ao Brasil do que o próprio Luiz Inácio Lula da Silva”, disse Bolsonaro à multidão.

De Moraes solicitou à plataforma de mídia social que nomeasse um representante legal no Brasil, conforme exigido pela lei brasileira.

Em agosto, quando X se recusou a cumprir, De Moraes emitiu uma ordem para a suspensão de todas as atividades da plataforma no Brasil.

Foi o ápice de uma disputa constante entre De Moraes e o dono da X, Elon Musk.

O empresário bilionário havia fechado os escritórios da X no Brasil no início daquele mês, para evitar ter que cumprir ordens judiciais separadas para suspender contas que divulgavam informações falsas.

Em 2 de setembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve por unanimidade a decisão de banir X, com o apoio de todos os cinco juízes.

Ao explicar a decisão, o ministro Flavio Dino disse: “Uma parte que intencionalmente deixa de cumprir decisões judiciais parece se considerar acima do Estado de Direito”.

Mas isso não conseguiu acalmar a comoção, principalmente entre os membros da extrema direita no Brasil, que consideraram o fechamento do X uma violação de seus direitos de liberdade de expressão.

Bolsonaro, uma figura de proa da extrema direita brasileira, aproveitou o momento para convocar protestos.

“Quando a liberdade de expressão e a imprensa são ameaçadas, a democracia clama por socorro”, escreveu ele nas redes sociais em 4 de setembro.

“Por isso, convoco todos os brasileiros que amam a liberdade e a nossa democracia: Venham à Avenida Paulista no próximo sábado, dia 7 de setembro!”

O próprio Bolsonaro teve conflitos com Moraes, que anteriormente liderou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que supervisiona as eleições no Brasil.

Na preparação para as eleições presidenciais de 2022, Bolsonaro, o titular, espalhou desinformação sobre fraude eleitoral. Depois que ele perdeu a votação, Bolsonaro e seus aliados passaram a contestar os resultados, usando alegações infundadas para semear suspeitas.

O resultado foram semanas de protestos e um ataque violento aos prédios do governo de Brasília em 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro saquearam as instalações.

Moraes liderou o Tribunal Superior Eleitoral na votação para proibir Bolsonaro de ocupar o cargo até 2030 por seu papel na disseminação de informações falsas.

No protesto do Dia da Independência em São Paulo, Bolsonaro renovou suas falsas alegações sobre as eleições de 2022.

“As eleições de 2022 foram completamente tendenciosas pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes”, disse ele à multidão, acrescentando que o motim de 8 de janeiro foi uma “armadilha”.

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