• Ter. Set 24th, 2024

os dias de Modigliani, o boicote dos jornalistas e uma vida “transformada em telenovela” – Observador Feijoada

ByEdgar Guerreiro

Set 24, 2024

Tanto no encontro com os atores de Modi: Three Days on The Wing of Madness, como na conferência de imprensa, o elenco pareceu ter a lição estudada, defendo o trabalho criativo do realizador, bem distante da persona extravagante que Johnny Depp tem construído. “O Johnny deixou-nos ser livres, deu-nos um espaço seguro”, comentou Riccardo Scarmacio, o Modi do filme, ao que Antonia Desplant, que interpresta a escritora e mulher do artista italiano, respondeu por cima: “Deixou-te ter uma voz, deixou-nos sorrir, chorar, tudo”.

Depp ia sorrindo, cabisbaixo, sempre de voz quase impercetível para o público que encheu o Club de Prensa do Kuursal. A imprensa internacional conta que Al Pacino queria que Depp realizasse. O mais provável seria vê-lo como ator principal. Um artista atormentado pela opinião de outros, com talento e aptidão para a vida rocn’n’roll não seria um encontro perfeito? De volta ao Hotel Maria Cristina, Bruno Gouery (Maurice Utrillo, outro conhecido pintor que surge como personagem secundária neste filme), quis manter a tónica na liberdade artística. “Ele deu-nos confiança. Podíamos mostrar a nossa fantasia, deu-nos essa possibilidade, criámos tudo com o Johnny.”  Tal como os jornalistas que abandonaram, em conjunto, a segunda roda de imprensa, também os atores alinharam o discurso: “Foi uma experiência profundamente aberta e colaborativa, encorajou-nos a arriscar”, confessou Ruam McParland, que interpreta o pintor Chaim Soutine.

Esta experiência como realizador não acontecia desde 1997, quando Johny Depp dirigiu, nada mais, nada menos, do que Marlon Brando (no filme O Bravo). Cá fora no Kuursal, junto aos cafés, está um ator magro, de barba, atento a um pequeno grupo de jornalistas que comenta o sucedido no Hotel Maria Cristina. A conferência de imprensa terminou. “Pedimos desculpa, mas ficamos por aqui, a agenda está muito apertada”, comentou o moderador. A pose confiante chama a atenção. Trata-se de um ator português, Hugo Nicolau. Percebe-se a vontade de querer perceber melhor o circuito internacional através dos festivais. De estar presente para ver filme. De procurar promover o seu trabalho.





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